São Paulo, domingo, 30 de março de 2003 |
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Anunciantes adotam estratégias
MARCELO BORTOLOTI
Nas agências de publicidade, o momento é de atenção. "Não tivemos grandes mudanças nos nossos planos de mídia. Apenas um cliente, da área de tecnologia, decidiu remanejar suas verbas do
jornalismo para outros programas", diz
José Alves, da agência Ogilvy.
"Quando o telespectador vê gente sofrendo e, em seguida um comercial, ele
não tem uma percepção agradável do
produto", diz Alves.
Para o diretor do grupo de mídia de
São Paulo, Paulo Stephan, nenhum
cliente deixou de anunciar na TV. Segundo ele, ainda que o tema seja ingrato,
de uma forma ou de outra acaba colocando mais gente diante da televisão.
"Acho que, se a guerra ficar mais dramática, os anunciantes que possuem
uma ligação forte com os EUA, como
Coca-Cola, McDonalds e Marlboro, podem mudar suas estratégias", diz.
A agência McCann-Erickson, responsável pela propaganda da Coca-Cola no
Brasil, está cautelosa. "Estamos evitando
veicular comerciais durante a programação associada ao conflito", diz Júlio Castellanos, gerente-geral no Rio.
Para a gerente de mídia da W/Brasil,
Gleidys Salvanha, nenhum anunciante
pode simplesmente deixar de aparecer
na TV durante o conflito, pois perderá
oportunidades. "Em certos casos, não dá
para sair do horário nobre", diz ela.
Paulo César Queiroz, vice-presidente
de mídia da DM9DDB, concorda. Segundo ele, a audiência do jornalismo aumenta o Ibope dos programas seguintes:
"A gente pode aproveitar isso".
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