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MERCADO
Objetivo é dar exclusividade ao cliente, que já compra, por encomenda, 15% dos 800 carros importados por ano
Mercedes aposta nas vendas "à la carte"
DO ENVIADO ESPECIAL A AMPARO (SP)
Exclusividade. Essa é a aposta
da Mercedes-Benz para vender
seus automóveis mais caros aqui
no Brasil. Hoje, cerca de 15% deles
são comercializados sob encomenda, principalmente os modelos blindados, os esportivos AMG
e os utilitários esportivos Classe
M e G, além dos modelos com
motor V8 (oito cilindros em "V").
Segundo Philip Derderian, gerente de vendas de automóveis da
montadora, a expectativa é vender 800 unidades importadas em
2003. Para o Classe A, a meta é dez
vezes maior. Reflexo do preço: o
alemão mais barato sai por
R$ 145.350 (C 180 Kompressor),
enquanto o monovolume custa a
partir de R$ 37.107 (A 160 Classic).
Por ser o mais acessível, o Classe
C é responsável por 60% das vendas. "É a busca pela marca e pelo
preço. Metade é financiada", diz
Derderian. O novo motor 1.8 deve
ajudar: o carro é mais de R$ 50 mil
mais barato que o C 240 (de
R$ 196.170), mas tem acabamento
simplificado. O ajuste dos bancos,
por exemplo, é manual.
O propulsor 1.8, com compressor e intercooler, gera 143 cv (cavalos) e faz o sedã atingir os
100 km/h em 9,7 segundos, segundo a Mercedes-Benz. A velocidade máxima é de 220 km/h.
Blindados
Ainda sob encomenda, a empresa importa o E 500 com nível
de blindagem B4. As saídas são
lentas, mas, depois de "embalado", os 306 cv do motor V8 dão
conta do recado. O problema é
que os vidros distorcem demais a
imagem, inclusive pelo retrovisor.
A montadora diz que isso é normal por causa da espessura deles.
Além do motor, o E 500 difere
do E 320 pela suspensão. Chamada de Airmatic DC, ela regula a
força dos amortecedores de acordo com a qualidade do asfalto, o
estilo de dirigir e a carga.
Com blindagem, o Classe E custa US$ 250 mil (R$ 750 mil). Sem
proteção vale R$ 368.962. A vantagem é que a blindagem é feita na
própria linha de montagem, sem
a necessidade de desmontar o carro depois de ele estar pronto.
Em setembro, a Mercedes-Benz
começa a produzir a E 500 Touring na Europa. Três brasileiros já
a encomendaram. Com motor
3.2, custará US$ 98 mil.
Estética
Na linha 2004, as mudanças no
Classe A se resumem à posição do
pisca lateral, que agora fica atrás
do retrovisor. Segundo a fábrica, a
mudança traz mais segurança
porque é mais fácil para os outros
motoristas verem a sinalização.
Além disso, o carro incorpora o
"DNA Mercedes", ganhando atributos comuns em seus "irmãos".
A versão de entrada, a Classic,
conta com novos faróis e lanternas. Já a Elegance ganhou novas
rodas de liga leve. A empresa nega
que o monovolume deixará de ser
feito com o início da produção do
smart em Juiz de Fora (MG).
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
José Augusto Amorim viajou a convite
da DaimlerChrysler do Brasil
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