São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002 |
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FORA-DE-ESTRADA Único "off-road" genuinamente brasileiro, jipe T4 reúne trunfos para conquistar consumidores urbanos Troller agora tenta desbravar o asfalto
FREE-LANCE PARA A FOLHA Que o jipe Troller T4 -único modelo produzido pela montadora cearense- não tem medo de estrada feia, todos os aventureiros sabem. A novidade é que, agora, a fábrica quer alternar dunas de areia e montanhas com avenidas e viadutos. Com visual robusto, tração 4x4 e suspensão elevada, parece difícil imaginar esse veículo rodando na cidade. Apesar disso, para atrair consumidores urbanos, a empresa já até estampou um novo slogan na carroceria: "Nascido na trilha, criado no asfalto". Para conferir a versatilidade anunciada pela Troller, a Folha levou o T4 para percursos de asfalto e de terra. A primeira impressão agrada. O porte passa segurança. Com 114,25 cv (cavalos), o motor 2.8 turbodiesel entusiasma. O poder de aceleração impressiona no roteiro urbano, tanto que é preciso manter a calma para não correr demais. Os freios a disco nas quatro rodas apresentaram boas respostas, até sob chuva. A suspensão, dotada de amortecedores hidráulicos, é mais uma facilidade, sobretudo na hora de passar pelas inúmeras valetas, buracos e lombadas de São Paulo. O ponto negativo ficou por conta do câmbio, um pouco rígido demais, exigindo esforço na hora de engrenar as marchas. Terreno inóspito Na terra, o T4 parece voltar ao seu habitat natural. Não houve trilha capaz de criar obstáculos que impedissem a evolução do jipe. O mesmo vale para trechos de pedras e de subida. Nesses casos, bastou acionar a tração 4x4. Segundo a montadora, o jipe ainda consegue atravessar áreas alagadas de até 80 centímetros sem o snorkel (equipamento que torna mais elevada a tomada de ar do motor), vendido como opcional por R$ 850. O consumo médio é de 11 km/l na cidade e de 12 km/l na estrada, segundo a fábrica. O acabamento interno do T4 inclui bancos e volante revestidos de couro, travas e retrovisores elétricos, painel com conta-giros e hodômetro digital, ar-condicionado e vidros elétricos -os dois últimos são opcionais. O T4 também carece de espaço para os passageiros no banco de trás. Outro detalhe: esqueça o porta-malas, pois a área reservada para carga é insignificante. No ano passado, a Troller vendeu 425 unidades. De janeiro a junho deste ano, foram 506. A meta para 2002 é comercializar 1.600. Ao ser retirado para as avaliações, o jipe apresentou uma pane elétrica que impediu o funcionamento do ar-condicionado. Problema simples, mas ninguém espera por isso em um zero-quilômetro. (ALADIM LOPES GONÇALVES) Texto Anterior: Novo Mégane estréia na Europa Próximo Texto: Ficha técnica: Troller T4 Índice |
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