São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003 |
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AÇÃO Área para carga explica a preferência que os praticantes de esportes de aventura têm por utilitários esportivos e picapes Radicais são espaçosos na escolha do carro
VERÔNICA FRAIDENRAICH FREE-LANCE PARA A FOLHA Pranchas, velas, jet-skis, pára-quedas, caiaques, motos. Praticar esportes radicais não exige apenas habilidade. É preciso ter um carro espaçoso para carregar todas as tralhas que as atividades exigem. Atletas ouvidos pela Folha mostram que os utilitários esportivos com tração 4x4 são os preferidos, mas cada esporte tem sua especificidade. Todos os carros têm vantagens e desvantagens, e é importante valorizar aspectos como espaço interno e externo, suspensão, tração e rack. Gisele Volpe, 34, participa de corridas de aventura (trekking, mountain bike e canoagem, entre outros). Ela tem uma perua Palio Adventure 2002. "Atende bem às minhas necessidades, pois estou sempre carregando equipamentos", comenta. Nas viagens para o litoral norte, Volpe põe o caiaque e a bicicleta no rack. No porta-malas, acomoda energéticos, água e mochilas com roupas e acessórios. Ela reclama do banco traseiro, que não é bipartido. "Às vezes, uso o banco inclinado para pôr a bicicleta, e aí não há espaço para levar ninguém." Os praticantes de esportes com pranchas -seja surfe, "tow-in" (prancha de surfe rebocada por um jet-ski) ou "kite surf" (prancha puxada por uma pipa em forma de pára-quedas)- igualmente usam peruas ou picapes. Luis Roberto Rodrigues de Moraes, 40, o Formiga, pratica várias modalidades, entre as quais "tow-in", "kite surf" e pára-quedas. Para levar todos os trambolhos, ele escolheu uma picape Ford Ranger 4x4, com motor Power Stroke. "Antes de tudo, tem de ser a diesel, porque é mais barato." Modelos fora de linha também são apreciados, como a Chevrolet D-20 e o Toyota Bandeirante. Décio Fantozzi, 50, presidente da Federação Paulista de Motociclismo, viajava sempre na sua D-20 cabine dupla, que foi roubada. "Era um carro econômico e robusto, com bom espaço interno e externo", afirma. Ele planeja adquirir uma picape pequena. Isca de ladrão Cláudio Natrielli, 36, praticante de parapente (espécie de pára-quedas planador) e vice-presidente da Federação Paulista de Vôo Livre, era fã das picapes 4x4 até ter problemas com uma delas. Natrielli já teve duas picapes Mitsubishi L200. A última durou apenas três meses em suas mãos. "Tudo começava a soltar, e o motor fazia muito barulho." Ele resolveu comprar um Kia Sportage 4x4, ano 1999, segundo ele vantajoso por ser fechado e proteger melhor os equipamentos. Ele agora quer um jipe da Troller. Não há dados oficiais que revelem o número de utilitários esportivos roubados no Brasil. No entanto, informações da Itaú Seguros mostram que, em São Paulo, a F-250 é a preferida dos ladrões -a cada cem picapes seguradas na empresa, 23 são roubadas. Próximo Texto: Autonomia e pouca manutenção atraem Índice |
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