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A pedido da Folha, sete personalidades trazem à memória o automóvel familiar
que marcou a infância delas
De carona no carro do pai
CELSO DE CAMPOS JR.
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Segurança, estabilidade, proteção e conforto. Muitas das características que um motorista procura num carro são as mesmas
que um filho deseja encontrar no
pai. A Folha conversou com sete
personalidades para descobrir
que automóvel associam à figura
paterna. Como resultado, algumas histórias curiosas e improváveis, que ficam como homenagem neste Dia dos Pais.
Cada pai é lembrado por meio
de um carro. A única exceção foi o
cantor Jair Rodrigues. Afinal, apenas um seria insuficiente para
acompanhar o paulista de Igarapava (448 km ao norte da capital),
um dos maiores talentos da música popular brasileira. Jair Oliveira
e Luciana Mello, os herdeiros que
seguiram a estrada desbravada
pelo "velho", fizeram cada um sua
escolha.
Para Jair Oliveira, 29, o mais
inesquecível da frota do pai foi
um Miura comprado por volta de
1985. "Era a época do seriado "Supermáquina", e ele tinha o grande
barato de falar", lembra. Quando
Rodrigues chegou com o carro,
fez-se a folia de irmãos, primos e
amigos. "A gente sentava, colocava o cinto e depois tirava, só para
ouvir o carro falar "coloque o cinto de segurança'", diverte-se.
Já para Luciana Mello, 25, o carro que tem a cara de Jair Rodrigues é uma picape Ford. "Íamos
ao sítio, e ele colocava todas as
tranqueiras na caçamba." Na trilha sonora, só dava o Cachorrão.
"Ele sempre gostou de se ouvir
cantando, e cantava junto. Eu
também o acompanhava."
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