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ELIANA
Fumaça acordou apresentadora
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Mais de 3.000 quilômetros de
estradas nem sempre confiáveis
separam São Paulo de Fortaleza.
Para o cearense José Ercílio Bezerra, doido para fazer uma visita ao
Estado natal, essa distância era fichinha. Ele só se esqueceu mesmo
de perguntar a opinião de sua fiel
Volkswagen Brasília bege.
Em meados da década de 80,
Bezerra pegou a mulher e as duas
filhas, carregou as bagagens no
lombo da Brasília e tocou para o
Ceará. Algumas centenas de quilômetros mais tarde, porém, o
motor do veículo pediu arrego, liberando uma espessa cortina de
fumaça em seu interior. Era a demonstração de sua total insatisfação com a longa viagem.
A caçula, que dormia no banco
de trás, bem que sentiu o estofado
esquentar. "Mas, quando eu vi,
minha mãe já estava me acordando, naquele desespero para me tirar do carro", lembra a apresentadora infantil Eliana, 30, na ocasião
com tenros cinco anos de idade.
A Brasília teve de passar pelos
dedinhos de vários mecânicos antes de seguir rumo à Fortaleza.
Ao cabo de três dias, Bezerra e
a família finalmente desembarcaram na capital cearense, mas não
é preciso dizer que, para a menina, a cota de emoção já havia sido
preenchida no caminho.
"Esse incidente virou o evento
da viagem, sem dúvida", lembra
ela, 25 anos mais tarde. Não é à
toa que seu protagonista tenha,
para Eliana, tornado-se o automóvel-referência do pai. "Foi o
carro de minha infância", afirma
a apresentadora do "Eliana e Alegria", da Record.
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