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Acima de 120 km/h, aerofólio sobe, e suspensão baixa 20 mm
DO ENVIADO ESPECIAL
Em Gross Dölln, o primeiro
teste do 911 Carrera 4S é acelerar até 260 km/h e voltar imediatamente à imobilidade.
Um vídeo da Porsche mostrava o ex-piloto alemão Walter
Röhrl ensinando a arrancar
com o Carrera 4S. "Pressione a
tecla Sport Plus, mantenha o pé
esquerdo no freio, acelere até
6.500 rpm e solte o freio."
Na hora, os amortecedores
metálicos enrijecem, a suspensão baixa 20 mm e os 385 cavalos dão uma pancada nas costas
do motorista. A tração integral
faz os pneus de 19" partirem
sem deixar rastro de borracha.
Em 4,6s, diz a Porsche, o 911
está a 100 km/h. A 200 km/h, a
direção hidráulica fica dura, e
os eucaliptos ao lado da pista
formam um corredor único.
O instrutor narra: "240, 250,
260". E grita: "Brake [freie]".
Sem pensar, as pastilhas
"peitam" os discos de cerâmica
com tanta violência que o cinto
de três pontos esmaga o peito.
Aqui, o aerofólio traseiro dá o
ar da graça.
Todos prontos para as curvas
de alta velocidade, que levam o
Carrera ao limite, com ou sem
PSM (controle de estabilidade).
No seco, quase nada muda. O
PSM nem chega a entrar em
ação, mesmo num circuito travado. À frente, o instrutor, com
apenas uma mão -a outra manuseia o walkie-talkie- sobe as
marchas com o polegar e as reduz com o indicador.
Já basta. O jeito é ligar o som
Bose DTS 5.1 para um concerto
clássico. Afinal, além de carros,
Gross Dölln recebe também o
festival anual de Bebersee.
(FS)
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