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GT carrega na maquiagem para ocultar motor 2.0
Golf 2.0 ganha propulsor flexível e versão de aparência esportiva
DA REPORTAGEM LOCAL
Vendo rapidamente a foto
acima, é fácil errar qual é o
Volkswagen Golf e qual é sua
versão esportiva GT. Não se
deixe levar pelo amarelo vibrante que pode vir com o novo
motor 2.0 bicombustível.
É fato que o GT carece de esportividade e leva um sobrenome que fez história na Ford e,
claro, na própria VW. Ou esqueceu o adesivo que tomava o
vidro traseiro do Gol GT 1986?
Salvo pequenos detalhes, o
GT é cópia "ipsis litteris" do
2.0. Usam o mesmo motor de
116 cavalos com gasolina (120
cv com álcool), a mesma relação de marchas e o mesmo
acerto de suspensão e de freios.
Por isso só o amarelo passou
pelo teste Folha-Mauá. E foi
bem. Não pelo ótimo desempenho, mas pelo equilíbrio entre
as acelerações usando álcool e,
em seguida, gasolina.
A diferença média não chega
a 0,5s, com menos ruído quando o motor leva o derivado do
petróleo. Quarta e quinta marchas alongadas contribuem.
Cosmética
O preto é a cor escolhida para
a grade dianteira, as máscaras
dos faróis e das lanternas e o aerofólio traseiro. Na ponta do lápis, para a VW, é mais barato
pintá-los de escuro que investir
em peças realmente esportivas.
Aliás, há poucos anos, bonito
era o carro com pára-choque,
grade e aerofólio na cor do veículo. Deixá-los na cor preta era
desleixo dos "populares".
Hoje até o novo Gol 1.0 traz
uma cor só para tudo. Aí, a saída
que a Volkswagen achou para
deixar o Golf GT diferente foi
torná-los novamente pretos.
Outro truque são os bancos
com fartos apoios laterais e o
volante de três raios do Passat
-no 2.0, são quatro raios, que
levam botões do toca-MP3 e do
controlador de velocidade. Não
que o do GT não permita: a VW
só não quis trazer os comandos
redondos de som do sedã.
O pacote "que-saudade-do-meu-Gol-GT" engloba também
o escapamento duplo. Só no GT
há dois canos expostos, que já
foram o diferencial do Golf GTi.
No Gol, há 22 anos, eles mudavam o ronco; no Golf, nem isso.
As rodas são outra mostra da
tal moda de deixar escuro tudo
o que era claro. Seus desenhos
são idênticos, mas, no GT, as 16
polegadas têm hastes diamantadas e pintadas de preto.
"Tunado" ou não, esses detalhes não valem R$ 5.370 -o GT
custa R$ 63.360, enquanto o
2.0 sai por R$ 57.990. E, em nenhum deles, há opção de câmbio automático Tiptronic, festejado há nove meses. Quem o
quiser terá de comprar o Golf a
gasolina.
(FABIANO SEVERO)
Os carros foram cedidos pela Volkswagen
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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