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MERCADO
Com a redução do tributo, Palio ELX 1.3 fica só R$ 274 mais caro que o 1.0; diferença entre o Polo 1.6 e o 1.0 é de R$ 610
IPI agora dá uma mão aos não-"populares"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O consumidor deve pensar
duas vezes antes de comprar um
"popular". Anunciada na semana
passada, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) beneficia quem vai adquirir
um modelo com motor acima de
1.000 cm3. A diferença entre, por
exemplo, um Volkswagen Polo
1.6 e o 1.0 é de apenas R$ 610.
O motivo? O tributo para os veículos entre 1.000 cm3 e 2.000 cm3
caiu de 25% para 16%. No caso
dos "populares", a redução foi
de um ponto percentual, passando de 10% para 9% até 30 de outubro. Motores maiores, como 2.4
ou 3.0, não serão afetados.
Segundo o governo, a idéia é
"estimular as vendas" -na verdade, é desovar os estoques. Como os acúmulos maiores são dos
modelos mais caros, são eles que
apresentam "descontos" mais
sensíveis. O Honda Civic LX 1.7
está R$ 3.186,27 mais barato; o Renault Clio RL 1.0 16V, R$ 100.
Outra "bagunça" chegou à Fiat.
O Marea 2.0 Turbo passou de
R$ 51.317 para R$ 47.242. O sedã
equipado com motor 2.4 continua custando R$ 49.934. Agora,
o motorista deve optar pelo câmbio automático (e pagar mais)
ou levar um motor turbinado
(22 cavalos mais potente).
A Mercedes-Benz e a Mitsubishi
são as únicas montadoras que
ainda não falam em alterações de
preço. A Ford não definiu os novos valores do Fiesta 1.6.
Futuro
A esperança das montadoras é
crescer com o recuo do IPI, mas
poucas anunciam suas expectativas. A Renault estima que, entre
os carros que comercializa, a venda dos "populares" caia de 61%
para 56%. Na Fiat, os 1.0 passariam a responder por 65% da comercialização dos zero-quilômetros, contra os atuais 75%.
A Volkswagen afirma que vai
esperar a reação do mercado para
alterar seu mix de produção. A
possível volta do Gol 1.6 não foi
confirmada pela empresa.
A General Motors não comenta
se aumentará vendas ou atividade
industrial, mas diz que a expectativa é ter um mercado "reativado"
para garantir a produção.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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