São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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Feirões viram solução para a venda de carros

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A grande arma das montadoras para diminuir os estoques são os feirões, realizados junto com os concessionários.
Neles, os revendedores não precisam arcar com os custos operacionais, como energia elétrica e recepcionistas. Também é criada uma estrutura comum, o que inclui despachante e propaganda. A economia é repassada ao consumidor.
"Não há como diminuir ainda mais o preço dos carros porque fábrica e rede trabalham com uma margem muito reduzida", justifica Paulo Sérgio Kakinoff, gerente-executivo de marketing da Volkswagen.
A General Motors -que não se pronuncia a respeito de demissões de funcionários, estoque, produção de veículos e estratégia de vendas- vai além. Usa campanhas agressivas, com "juro zero", compra sem entrada, tanque cheio e licenciamento grátis.
Sem dar detalhes sobre a crise do setor, sobretudo em ano eleitoral, a Ford não fez nenhum feirão, mas já realizou sete campanhas de venda. Atualmente, oferece juro de 0,5% para Fiesta Street e Ka.
No feirão que realizou no final de semana passado, a Fiat arcou com a diferença da redução do IPI repassada aos veículos que estavam em estoque.
Sem a necessidade de fabricar tantos carros, a Fiat -cujo "lema" é administrar a produção, não o estoque- deu férias a grupos de funcionários em junho, julho e agosto.
Na VW, quando a demanda cai, os funcionários não trabalham na sexta-feira, mas também não recebem. Se ela aumenta, há expediente -e pagamento- aos sábados. Kakinoff diz que faltam Polo, Parati, Kombi e Santana no mercado.



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