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É possível alugar carros para corrida em pista e na terra
Piloto de fim de semana
LUÍS PEREZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Não é pra ele frear aí!", gritava
um afoito torcedor, referindo-se
ao piloto Rubens Barrichello
no último GP Brasil de Fórmula 1,
em cena testemunhada pela Folha nas arquibancadas do autódromo de Interlagos. Prova de
que brasileiro adora se mostrar
entendido em automobilismo.
Já que começar a pilotar pela F-1
não é exatamente uma boa idéia,
que tal procurar opções mais realistas para desenvolver seus do-
tes de piloto de fim de semana?
Não faltam alternativas, que vão
bem além das despretensiosas
brincadeiras de kart "indoor".
Há algumas regras, como idade
mínima e habilitação especial, cuja graduação varia conforme cada
categoria.
Cumpridas essas exigências mínimas, é possível, por exemplo, tirar
da garagem o velho Volkswagen
Voyage, já fora de linha, e fazer
dele seu carro de corrida.
"Dá pra correr desembolsando
a partir de R$ 1.500 com o carro.
Ou simplesmente alugar um por
R$ 1.000 [por prova]", afirma Nelson Carvalho, 42, presidente da
Associação Paulista de Marcas e
Pilotos e responsável pelo Campeonato Paulista de Marcas.
Outros "velhinhos" na pista são
os Fusquinhas da Copa Fusca
1.600. Um pouco mais caros que
alguns do Paulista de Marcas.
O custo para pilotar os veículos
vai de R$ 3.000 a R$ 12 mil.
Mas os gastos podem ser bem
maiores -eles variam bastante
conforme a complexidade da
competição. Na Fórmula 3 Sul-Americana, a compra do carro
chega a R$ 345 mil. No Rally dos
Sertões, é possível adquirir um
veículo por, no mínimo, R$ 25
mil. Esses não são, entretanto, os
únicos custos. A manutenção por
corrida pode chegar a R$ 70 mil.
Aluguel
Antes de comprar um carro, dá
para fazer um teste, alugando os
veículos. A maioria das categorias
aceita isso.
Também é possível começar a
correr no meio da temporada.
Em algumas modalidades, como os ralis da Troller e da Mitsubishi, o motorista pode usar seu
próprio carro do dia-a-dia. Em outras, não
há aluguel, e os automóveis, apesar de terem similares comerciais,
recebem muitas alterações.
Uma vez adaptado para a pista,
o carro de corrida não volta para
as ruas. "As mudanças que são
feitas incluem motor mais "bravo",
suspensão, molas e não permitem
que o automóvel rode como carro
de passeio", atesta Arlindo Romero, 41, gerente da Renault Sports.
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