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Desafio é reconquistar confiança
DO ENVIADO ESPECIAL
A revenda paulista Caltabiano
Motors tem uma lista de espera
de até quatro meses para a Grand
Caravan. Praticamente todos
já são clientes da Chrysler.
"Informações desencontradas
sobre o fechamento da fábrica colocaram medo no consumidor",
afirma Evaner Bertolini, gerente
comercial da concessionária.
Para o professor da USP (Universidade de São Paulo) e especialista em indústria automobilística
Glauco Arbix, "uma fábrica que
fecha não transmite tanta confiança ao consumidor". Mas
nem sempre é assim. "A Nissan
fechou cinco plantas no Japão e
aumentou suas vendas." Problema maior seria se não houvesse
mais peças para reposição.
A Chrysler sabe que vender seus
carros no Brasil não será tarefa
das mais fáceis. Tanto que a previsão é comercializar entre 1.500
e 2.000 carros -60% da linha
Jeep e 40% da Chrysler. Além de
ter revendas em apenas seis capitais, o modelo mais barato, o PT
Cruiser, custa R$ 87,4 mil.
Segundo a empresa, o número
de revendas caiu para readaptar a
rede aos automóveis importados.
A Dakota era o carro-chefe da
maioria das concessionárias.
Associando-se à Mercedes-Benz, a montadora racionalizou
suas operações. Das oito revendas, cinco são compartilhadas
com a marca alemã, e o setor de
peças foi unificado em Campinas
(95 km a noroeste de São Paulo).
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