|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MANUTENÇÃO ECONÔMICA
Brasil desperta para certificação de oficinas mecânicas
Só 1,5% dos estabelecimentos em SP têm certificação; projeto de lei prevê regras da ABNT para próximo ano
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem trabalha com manutenção aponta logo que o brasileiro não tem o hábito de levar o
carro para revisões na concessionária após o fim da garantia.
É muita gente: segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), há 30.364.216
automóveis no Brasil com idade média de nove anos.
Surge então a grande dúvida:
onde levar o veículo quando ele
apresenta um problema? Escolher uma oficina especializada
ainda é uma tarefa difícil, reconhece Alexandre Bastos, gerente do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva).
Bastos dá algumas dicas. A
oficina deve ter um ambiente
limpo e organizado, com certificados de qualificação profissional fixados na parede.
Deve ter profissional gabaritado para informar o cliente sobre o problema e passar o orçamento. "A relação deve ser
transparente e tranqüila para o
consumidor se sentir seguro."
O instituto, em parceria com
o Inmetro (Instituto Nacional
de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial), certifica
oficinas que atendam a critérios como formação de profissionais, equipamentos adequados, garantia do serviço e atualização tecnológica.
"Uma auditoria é feita a cada
seis meses para revalidar o certificado, que vence a cada dois
anos e só é renovado com crescentes atualizações tecnológicas", comenta Bastos. No Estado de São Paulo, há 14.168 empresas de reparação, mas apenas 210 são certificadas.
Um projeto de lei apresentado na Assembléia Legislativa
no começo de junho cria padrões para a abertura e o funcionamento de oficinas, baseados em normas criadas pela
ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
O fim da tramitação está previsto para o fim do ano, e as oficinas terão um ano a partir da
entrada da lei em vigor para se
enquadrarem nas exigências.
Preços
Outra dúvida constante é em
relação ao preço cobrado. Uma
pesquisa feita pelo Sindirepa-SP (sindicato de reparadores de
veículos) resultou em uma tabela de tempo de serviços, com
média do preço da mão-de-obra na capital e no interior do
Estado de São Paulo, para modelos das marcas Chevrolet,
Fiat, Ford, e Volkswagen.
"O cálculo é feito por hora
centesimal, que significa a divisão em cem partes iguais. Assim o reparador soma todos os
tempos e multiplica pelo valor
da mão-de-obra para chegar ao
preço final", explica Antônio
Fiola, presidente do sindicato.
A revisão de um cabeçote, por
exemplo, consome tempo de
6,2 (ou seis horas e 20 minutos).
(ROSANGELA DE MOURA)
SINDIREPA-SP
www.sindirepa-sp.org.br
Texto Anterior: Preço de peça difere em mais de 50% Próximo Texto: Encerar e polir mantêm brilho da lataria Índice
|