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MANUTENÇÃO ECONÔMICA
Encerar e polir mantêm brilho da lataria
Veículo não deve ser submetido a limpeza que o lixe; martelinho de ouro arruma pequenos amassados
BRUNA PELLEGRINI
EDUARDO TARDIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Não saia de casa sem filtro
solar." O conselho para proteger a pele dos efeitos nocivos do
sol também vale para a proteção da pintura do carro. Só que,
em vez de loções, entram em
cena ceras e polimentos.
O verniz, aplicado na última
camada da tinta, cuida especialmente de carros com pintura metálica ou perolizada. "A
cera e os produtos de cristalização protegem de agentes físicos
[como poeira] e químicos [como chuva ácida] e aumentam a
vida útil da tinta", explica Jorge
Arruda, consultor da associação de fabricantes de tinta.
Por ter componentes abrasivos em sua fórmula, a cera promove o nivelamento da cobertura de verniz que já está com
microranhuras, preenche fisicamente as tais "rugas" e hidrata a tinta, evitando que fique
com aspecto quebradiço.
Já as ceras cristalizadoras
impermeabilizam a tinta, aumentando a durabilidade do
próprio polimento, que deve
ser feito posteriormente. "A
cristalização pode durar um
ano e meio, enquanto o polimento simples deve ser refeito
depois de oito meses", compara
o dono de oficina de funilaria e
pintura Carlos Mathias.
Para verificar se o polimento
ainda funciona, passe a mão na
lataria: se a sensação for áspera,
há sujeira impregnada na tinta.
Pode ser imperceptível a olho
nu, mas pede uma limpeza mais
profunda -outro polimento.
Mas um dos erros mais graves é submeter o carro a limpezas que o lixam, alerta Arruda.
"Usar lixa fina numa imperfeição profunda pode ser válido,
mas, se o carro todo é lixado, a
película de proteção é desgastada, e a pintura fica fosca."
O publicitário Franklin Nolla, 57, viu riscos em sua Volkswagen SpaceFox recém-saída
da concessionária. "Fiz um polimento para removê-los e depois uma cristalização. Agora,
sempre limpo a seco." Para Nolla, vale a pena pagar um pouco
mais por ela, que costuma durar mais que a tradicional.
Martelinho
Se o problema não é de riscos, mas de amassados do tamanho de um punho cerrado, a
saída pode ser uma técnica artesanal: o martelinho de ouro.
"A pintura do carro deve estar intacta, e a técnica não é recomendada em áreas com dobras, cantos vivos ou chapas sobrepostas", explica o instrutor
de funilaria Marcos Cazassa.
O serviço é mais barato que o
conserto tradicional. Para arrumar uma porta, por exemplo, os
valores são R$ 300 ante R$ 80.
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