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DO TROLLER AO HUMVEE
Empresa chegou a negociar T4-M com o Iraque
LUÍS PEREZ
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS E CONSTRUÇÃO
Criado para ser oferecido ao
Exército brasileiro, o Troller
T4-M já recebeu, neste mês, 20
encomendas para uso civil.
Até meados do ano passado,
a empresa sediada em Horizonte (CE) negociava sua exportação com vários países do Oriente Médio, entre eles o Iraque. "O problema é que os negociadores de repente sumiram", conta Clécio Eloy, 38, diretor de negócios da Troller.
De acordo com o executivo, a base do modelo militar é a mesma do civil -apenas cerca de cem itens são diferentes em relação ao T4. Seu índice de nacionalização é de 96%. "Só uma peça é importada, a caixa de
transferência", afirma Eloy.
Humvee/Hummer
Bem mais complexo e robusto, o Humvee -ou Hummer,
como são conhecidas suas versões civis- foi dirigido em trechos de terra na região de Barueri (32 km a oeste de São
Paulo) por Sérgio Dávila e Juca
Varella, da Folha, os únicos
jornalistas brasileiros que estavam em Bagdá no início dos
ataques norte-americanos.
O jipe, que custa US$ 95 mil
(R$ 285 mil), veio do Rio, após
participar da feira de material
de defesa LAD 2003. Foi cedido
pela empresa de blindagem
O'Gara-Hess & Eisenhardt.
"Automóveis de passeio são
protegidos com o mesmo material que reveste o Humvee, o
aço balístico", diz Adriana
Tschernev, 27, diretora comercial da empresa, que está tentando vendê-lo para o Exército.
"Outro objetivo nosso é levar
ao conhecimento dos interessados em blindagem que o material é cinco vezes mais forte que o aço inoxidável, que fica
no limite da resistência. É esse
mesmo material de blindagem
que protege um soldado na
guerra", observa a diretora.
Dávila fez o test-drive acompanhado do diretor industrial
da O'Gara, Riccardo Furlan,
que citou alguns dados sobre o
jipe: motor 6.5, 2,6 metros de
largura (contando os retrovisores), singelo câmbio automático de quatro velocidades e velocidade máxima de 113 km/h.
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