DA REDAÇÃO

A produção de carros blindados cresceu pelo menos 1.508% nos último sete anos, de acordo com dados da Abrablin (Associação Brasileira dos Blindadores de Veículos Automotores).
Números fornecidos pela entidade dão conta de que a produção anual de modelos protegidos saltou de 388 em 1995 para 3.601 em 2000 e 5.852 no último ano.
Apesar de discordar de informação tão expressiva, o presidente da fabricante de vidros Gepco, Gerson Branco, que é fornecedor de blindadoras, não menospreza o aumento. "Sem exagero, a gente pode dizer que esse mercado cresce em média 30% ao ano", afirma.
Para Branco, a "dependência" tem relação em parte com esse aumento na medida em que "quem compra blindado troca por blindado". Outra coisa: como o investimento é alto (da ordem de pelo menos R$ 30 mil, preço da blindagem de uma picape compacta), a rotatividade leva mais tempo.
"O mercado também cresceu por conta da necessidade de preservação dos outros membros da família." Vê-se aí outra tendência no Brasil: a blindagem passando de pai para mulher e filhos.
No caso do empresário E.C.F., 52, 13 assaltos no currículo, o caminho foi inverso. Após saber que o filho constava de uma lista de sequestráveis, deu a ele um blindado. Depois repetiu o feito com mulher e filha. "Seis meses depois, mandei blindar o meu."
Sua filha tem um namorado que não possui veículo blindado. "Eu a obriguei a só sair à noite se for com o carro dela", conta.


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