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Duelo das superesportivas
Mais barata, nova CBR 1000 RR anda mais que R1 e GSX-R 1000, mesmo menos potente
DA REPORTAGEM LOCAL
O velocímetro quase não
mente: 162 km/h com a primeira marcha; 228 km/h com a segunda; 257 km/h com a terceira. E ainda há três marchas pela
frente. Era o que apontava o
painel digital da Honda CBR
1000 RR, que mal chegou ao
Brasil e já encarou o teste Folha-Mauá contra as rivais Yamaha R1 e Suzuki GSX-R 1000.
Para testá-las ao extremo, a
Folha convidou dois pilotos do
Campeonato Brasileiro de Motovelocidade: Gilson Scudeler,
campeão em 2007 e líder em
2008, e Bruno Corano, que está
em quinto lugar.
Macacões a postos, capacete
afivelado, luva na mão e uma
reza brava para vencer 1.500 m
sem acidentes. Afinal, até 100
km/h as três superesportivas
gastam pouco mais de 3s.
Na pista, a GSX-R é a primeira "cobaia". Scudeler demora
para se acertar com os três mapeamentos do motor, ajustado
por um botão. É o ponto forte
da Suzuki, diz o piloto.
Na primeira passagem, a moto crava 4,42s de 0 a 100 km/h.
O piloto muda do mapa "C" para o "A" e sente estar sobre "outra" moto. É 40 km/h mais rápida no fim da reta, e a aceleração cai para 3,48s. A roda da
frente empina ainda em terceira marcha.
Corano, que compete com
uma Suzuki e está acostumado
à GSX-R 1000, baixa o tempo
em 0,16s. Mesmo assim, não
bate a CBR. E o novo motor de
999,8 cm3 de 178 cv (cavalos) é
o mais fraco dos três -a Suzuki
tem 185 cv, e a Yamaha, 189 cv.
A vencedora
A Honda é mais linear e entrega muito torque (força) até
13 mil rpm, quando uma luz indica o início da faixa vermelha.
Comparada às rivais também
"injetadas", a CBR parece ter
injeção direta de gasolina, e as
outras, quatro carburadores.
Melhor ainda em baixos giros. A 4.000 rpm, uma válvula
do pequeno escapamento se
abre, e o ronco fica mais encorpado. É como se, de repente,
uma outra moto emparelhasse,
e os sons se fundissem.
Era mesmo preciso, pois esse
ronco a R1 sempre teve. O que
não diz tudo. "A R1 é fraca em
baixa rotação", opina Scudeler.
Corano faz coro. "É manca."
Talvez por isso ela tenha sido
a mais lenta em todas as provas.
Na velocidade máxima, estagnou em 274 km/h, enquanto as
outras duas brigavam nos 285
km/h e marcavam 299 km/h.
O xeque-mate da Honda é o
preço. Cotada em dólar (US$
31.980), sai por R$ 53 mil, cerca
de R$ 7.000 a menos que as rivais. Com sorte, a diferença
compra o seguro e um macacão
de couro. Acredite: você vai
precisar.
(FABIANO SEVERO)
As motos foram cedidas para avaliação
pelas montadoras
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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