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Caros, triciclos exigem carteira de moto
MP3, de R$ 39,5 mil e 34 cv, e Spyder, de R$ 74,9 mil e 106 cv, têm comportamentos diferentes até no pedágio
DA REPORTAGEM LOCAL
"Ai, moço. Que susto! Achei
que fosse um bandido", disse
Bruna, atendente do pedágio da
rodovia Castelo Branco, ao se
deparar com o BRP Spyder.
Não que o Spyder pareça o
veículo do Mad Max. "É que,
quando as motos param aqui, já
pensamos que é assalto." Moto? "É, moto. Elas passam lá pelo cantinho", diz ela, apontando
para um pequeno corredor delimitado por cones. Impossível:
o Spyder é largo demais.
De longe, a superiora de Bruna avisa: "Qualquer veículo
com duas rodas na frente paga
o mesmo que um carro".
Na prática, a teoria é outra.
Minutos antes, o Piaggio MP3,
também com duas rodas dianteiras, passou incólume pelo tal
cantinho. Ele é um "maxiscooter", com largura de moto grande, e, portanto, não pagou um
centavo da tarifa de R$ 6,30.
Só as três rodas em "Y" e a
exigência de carteira "A" unem
o Spyder e o MP3. O primeiro
tem dirigibilidade de quadriciclo e propulsor de moto esportiva. São 106 cv (cavalos), dois
cilindros em "V", 998 cm3 de cilindrada e injeção eletrônica.
O Spyder anda mais que faz
curva e freia mais que anda. Há
controle de estabilidade e
freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição de frenagem) por R$ 74,9 mil.
O MP3 também é caro, mas
nem tanto. Sai por R$ 39,5 mil
com motor monocilíndrico de
399 cm3. Mas só do Spyder as
pessoas na rua tiram foto com
o celular. Até em movimento,
guiando outras motos. É de fazer inveja ao Cirque Du Soleil.
(FABIANO SEVERO)
Os "scooters" foram cedidos para avaliação pelas importadoras
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