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Na ponta do lápis
Especialistas em finanças são unânimes: a melhor saída é comprar à vista
Planejamento evita carnês
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Não há milagre. Para quem não
vem de berço nobre, o planejamento é o melhor aliado para
que as expectativas em relação
ao tão esperado primeiro carro
não virem uma grande frustração.
E a forma de pagamento é a
primeira escolha importante.
Para os especialistas em finanças pessoais, a resposta é unânime: é melhor poupar para pagar à
vista. "A melhor e mais interessante alternativa é guardar os recursos ao longo do tempo, em
uma carteira diversificada de aplicações, e adquirir o bem à vista",
recomenda Francisco Carvalho,
da Refran Consultoria Financeira.
"Os custos dos empréstimos são
muito elevados", afirma Fábio
Colombo, consultor da Money
Maker Investiment Advisory.
Carvalho sugere que o dinheiro
seja poupado separadamente. "Isso é necessário para o pagamento
da escola do filho, para a compra
do carro, para a compra de um
imóvel e assim por diante", diz.
Também é importante diversificar a carteira em fundos de ações,
de renda fixa e em fundos mistos.
No caso do investimento em
ações, é preciso um estudo minucioso para aplicar em empresas
que pagam bons dividendos.
"As boas ações tendem a render
bem ao longo do tempo", avalia
Carvalho. Ele aconselha papéis de
primeira linha, como os da Companhia Vale do Rio Doce, da Petrobras, da Gerdau e de bancos.
O especialista desaconselha os
investimentos em poupança.
"Nos últimos cinco anos, o
desempenho da poupança foi
bastante inferior ao do CDI [Certificado de Depósito Interbancário", ao dólar e a algumas ações
de primeira linha", compara.
Matemática
O consultor da Money Maker
Investiment Advisory ensina a
pesquisar o valor do carro pretendido, dividir pelo prazo de pagamento e então guardar esse valor
todos os meses. "Se o consumidor
consegue pagar uma prestação,
por que não guardar a quantia?"
Ele sugere ainda os fundos
DI como aplicação. "Ainda são
os investimentos mais interessantes. Os problemas recentes que
aconteceram com eles são pontuais", analisa. Colombo se refere
à queda de rendimentos de alguns
fundos de investimento que não
estavam cumprindo determinação do BC (Banco Central) de
contabilizar pela variação diária, e
não pelo preço de compra.
Por fim, o consultor recomenda, entretanto, que sejam pesquisados fundos com taxas de administração baixas, de cerca de 1,5%
ao ano, e verificar ainda se não é
cobrada taxa de performance. "Se
o comprador precisar partir para
um financiamento, é melhor pesquisar bastante as taxas das montadoras, que são mais baixas",
afirma Colombo.
(VO)
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