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PRIMEIRO CARRO
Sem dinheiro para pagar à vista, consumidores elegem o crédito dos bancos das montadoras como a melhor forma de pagamento
Na compra, a pressa é amiga da prestação
WANDA MIRABILE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na hora de comprar o primeiro
carro, é preciso cuidado para não
perder dinheiro. Pagar à vista,
financiar, entrar em um consórcio ou aplicar o valor?
O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é hoje a opção mais utilizada -representa 45% das vendas, segundo José Romélio Brasil
Ribeiro, diretor da Associação
Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). As
vendas à vista totalizam 37%.
Os bancos das montadoras têm
a preferência dos consumidores
que usam o CDC -detêm 60%
desses financiamentos. Ribeiro
afirma que esses bancos levam
vantagem. "Vender carros é a vocação deles. Sua função é ajudar a
montadora. Por conta disso, oferecem condições melhores."
Segundo ele, o financiamento
de automóvel é hoje a modalidade
de crédito mais barata do país. O
representante da Anef defende
que, mesmo com dinheiro disponível, vale a pena financiar quando há promoção de taxas de juros.
Assim, o cliente não ficaria descapitalizado, continuaria com o
dinheiro aplicado e recebendo
uma remuneração equivalente à
taxa do financiamento ou até
maior. Ele diz que pode ser mais
vantajoso se essa taxa ficar em até
2% ao mês.
Aos 13 anos
Para quem não tem urgência
do carro ou pode se programar,
existe a opção do consórcio. O
sistema responde por 14% das
vendas. O prazo mais comum é
o de 60 meses, afirma Consuelo
Amorim, presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac).
A cada mês é sorteado um veículo, e um outro pode ser retirado
por meio de lance. Um pai pode,
portanto, começar a pagar o carro
do filho quando ele ainda estiver
com 13 anos, para ter o carro
quando chegar aos 18 anos.
Apesar das críticas ao modelo, a Abac diz
que, se o consumidor optar por
investir em poupança, dificilmente conseguirá adquirir o bem desejado porque a remuneração não
acompanha o aumento do carro.
Na hora de comprar um consórcio, indague sobre as taxas
praticadas. A maioria das empresas cobra de 15% de administração mais o fundo de reserva ou seguro de quebra de garantia.
Outras taxas são opcionais, como seguro de vida e seguro-desemprego. Os vendedores costumam embuti-los nas parcelas sem
esclarecer que são opcionais.
O leasing deixou de ser atraente
e hoje fica só com 4% das vendas.
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