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Norte do Paraná concentra pólos de distribuição
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As peças falsas percorrem
um longo caminho até o Brasil.
A maioria é feita na Ásia e nos
países que formavam a União
Soviética. Nos portos nacionais, os contêineres são pesados -não há verificação de todas as cargas- e liberados.
"Há quem importe dizendo
que a carga é de livros, para não
pagar imposto", diz Pedro Mochetti, diretor-geral da ABCF
(Associação Brasileira de Combate à Falsificação).
Em solo brasileiro, o principal pólo onde as peças são "nacionalizadas" é o norte do Paraná, em cidades como Londrina e Maringá. Ali são embaladas, polidas para apagar a marca original e distribuídas.
A região é propícia para tanto
por ser industrializada e cercada de rodovias. Nas paulistas
Ribeirão Preto (314 km ao norte da capital), Araras (169 km a
noroeste) e Rio Claro (175 km a
noroeste), os falsificadores
também atuam.
"Nosso trabalho contra a falsificação começou na década
passada", diz Marcelo Cassone,
gerente de marketing da Bosch.
Ele afirma que os resultados
são tão positivos que hoje a
Bosch é uma das empresas menos visadas pelos falsificadores.
A Philips faz palestras nas alfândegas dos portos para mostrar como lâmpadas entram no
Brasil ilegalmente. "O preço
declarado é baixo para pagar
pouco imposto", conta João
Paulo Borgonove, gerente nacional de vendas da empresa.
Quando se fala de itens falsificados, é importante lembrar
que eles não têm nada a ver
com os remanufaturados. Motores, embreagens, compressores, turbinas e juntas homocinéticas podem ser recondicionados. A vantagem é que os
preços têm reduções de 20% a
50%, e as peças contam com o
aval dos fabricantes.
(JAA)
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