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Lupi decide se licenciar da presidência do PDT
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) decidiu deixar a presidência nacional do PDT, segundo a Folha apurou, para evitar
um confronto do seu partido
com o governo e encerrar uma
queda de braço que vem travando com a Comissão de Ética
Pública. Ele convocou reunião
ampliada da Executiva Nacional do seu partido para hoje,
quando a estratégia para sua
saída deve ser acertada.
A idéia é que a licença seja
anunciada como uma decisão
de comum acordo com o partido, para evitar desgastes ao ministro. Quando recebeu o convite para o ministério, o PDT
também se reuniu para "autorizá-lo" a aceitar o cargo.
A Folha apurou que o secretário-geral do partido, Manoel
Dias, é quem assumirá a presidência no período em que Lupi
estiver licenciado. O vice-presidente do partido, deputado
Vieira da Cunha (RS), é líder da
bancada na Câmara, e o segundo-vice, Jackson Lago, governador do Maranhão, e não desejam acumular a função.
Dias pertence ao grupo fundador do PDT e é afinado com
idéias de Leonel Brizola, morto
em 2004, e Lupi. Pedetistas
afirmam que sua presença no
comando da sigla é o mesmo
que manter Lupi no cargo. Ele
mesmo admite. "A permanência de Lupi na presidência ou
licenciado não muda em nada o
andamento do partido dado a
unidade que temos hoje."
Entre pedetistas, a avaliação
é que, se Lupi optasse por deixar o ministério, levantaria
uma discussão sobre se o PDT
deve ficar na base do governo.
No partido, a avaliação é que
as denúncias contra ele, de que
teria beneficiado ONGs comandadas por pedetistas, não
pesam contra a legenda.
A permanência de Lupi no
ministério vem sendo questionada pela Comissão de Ética
Pública, que considera incompatível o acúmulo da função de
ministro com a de presidente
do partido. Lupi responde acusando Marcílio Marques Moreira, que era presidente do órgão, de perseguição. Ontem,
Lupi não quis se manifestar.
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