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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Inocêncio diz que é "caxias" e que divide funcionários com colegas

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O primeiro vice-presidente da Mesa da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), disse que os cerca de 80 CNEs lotados na vice "trabalham" e que os "divide" com colegas do partido. (RV)
 
Folha - A Folha, com base nos boletins administrativos da Casa, chegou ao número de 80 CNEs na primeira vice-presidência. São todos funcionários do sr.?
Inocêncio de Oliveira -
Não. Eu divido com três ou quatro deputados do meu partido. Atendo vários parlamentares. O que eu posso dizer, com certeza, é que todos trabalham.

Folha - Como o sr. vê o fato de os CNEs trabalharem nos Estados?
Oliveira -
Não vejo nada de mais. Se o parlamentar é primeiro vice [presidente], ele tem de ter um desempenho no Estado. Porque o mandato não se resume só aqui [em Brasília]. Aonde eu for, eu serei, além de deputado, o primeiro vice-presidente da Câmara. Por isso, eu tenho de ter uma estrutura no Estado.

Folha - Mas os assessores de gabinete aos quais o sr. tem direito não são para esse tipo de trabalho?
Oliveira
- Também, mas normalmente o gabinete parlamentar não dá para movimentar essa estrutura. Os cargos do gabinete são mais para o dia-a-dia, para uma assessoria direta. E também são assessores políticos.

Folha - Como é o controle da frequência dos CNEs no Estado?
Oliveira
- Cabe diretamente ao nosso pessoal do gabinete no Estado. Toda semana eu estou no meu gabinete controlando isso rigidamente, rigidamente. Eu faço questão.

Folha - Mas a frequência dos funcionários é mensal?
Oliveira
- É, sim. Ele [o CNE] vai ao gabinete e a gente vê. Ele diz: "Olha deputado, eu preciso de oito dias...". Mas eu sou muito caxias, não dou muita folga.



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