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Inocêncio diz que é "caxias" e que divide funcionários com colegas
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O primeiro vice-presidente da
Mesa da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE), disse que os cerca
de 80 CNEs lotados na vice "trabalham" e que os "divide" com
colegas do partido.
(RV)
Folha - A Folha, com base nos boletins administrativos da Casa,
chegou ao número de 80 CNEs na
primeira vice-presidência. São todos funcionários do sr.?
Inocêncio de Oliveira - Não. Eu
divido com três ou quatro deputados do meu partido. Atendo vários parlamentares. O que eu posso dizer, com certeza, é que todos
trabalham.
Folha - Como o sr. vê o fato de os
CNEs trabalharem nos Estados?
Oliveira - Não vejo nada de mais.
Se o parlamentar é primeiro vice
[presidente], ele tem de ter um
desempenho no Estado. Porque o
mandato não se resume só aqui
[em Brasília]. Aonde eu for, eu serei, além de deputado, o primeiro
vice-presidente da Câmara. Por
isso, eu tenho de ter uma estrutura no Estado.
Folha - Mas os assessores de gabinete aos quais o sr. tem direito não
são para esse tipo de trabalho?
Oliveira - Também, mas normalmente o gabinete parlamentar
não dá para movimentar essa estrutura. Os cargos do gabinete são
mais para o dia-a-dia, para uma
assessoria direta. E também são
assessores políticos.
Folha - Como é o controle da frequência dos CNEs no Estado?
Oliveira- Cabe diretamente ao
nosso pessoal do gabinete no Estado. Toda semana eu estou no
meu gabinete controlando isso rigidamente, rigidamente. Eu faço
questão.
Folha - Mas a frequência dos funcionários é mensal?
Oliveira - É, sim. Ele [o CNE] vai
ao gabinete e a gente vê. Ele diz:
"Olha deputado, eu preciso de oito dias...". Mas eu sou muito caxias, não dou muita folga.
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