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Indicadores mostram aumento nos preços
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Dois indicadores de inflação divulgados ontem, o IPC-Fipe e o
IGP-10 (Índice Geral de Preços
-10), revelaram aceleração dos
preços tanto no varejo, que subiram sob influência dos reajustes
de mensalidades e do álcool, como no atacado -estes, pelo do
impacto de óleo combustível e de
preços vinculados a commodities.
Primeiro índice fechado de janeiro a ser anunciado, o IGP-10
teve alta de 0,84%, num nível superior à taxa de 0,06% em dezembro. Foi a maior variação desde
abril de 2005. Medida pelo IPC-Fipe, a inflação do município de
São Paulo aumentou para 0,59%
na segunda quadrissemana deste
mês (período de 30 dias terminado em 15 de janeiro). É a maior taxa em nove semanas. Na divulgação anterior, o índice apontou variação positiva de 0,46%.
Além dos colégios, o IGP-10 ficou pressionado por causa dos
reajustes no atacado: o IPA (Índice de Preços por Atacado) passou
de uma deflação de 0,16% em dezembro para uma alta 1,03% em
janeiro. Sob impacto dos aumentos de combustíveis e alimentos,
os preços agrícolas passaram de
0,61% para 2,32% e os industriais
cresceram de uma taxa negativa
de 0,41% para inflação de 0,63%.
As maiores pressões no atacado
vieram dos aumentos de soja
(6,40%), óleo combustível
(7,70%), arroz (8,67%), álcool
(5,04%) e mandioca (10,51%).
No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FGV subiu de 0,53% para 0,59%. O grupo
educação foi o principal responsável pela aceleração, passando de
0,42% em dezembro para 1,42%
em janeiro. Já os alimentos, no
sentido inverso dos preços agrícolas no atacado, cederam -de
1,27% para 1,04%.
No índice da Fipe, a maior alta
nos últimos 30 dias também veio
do grupo educação, cujos preços
médios aumentaram 2,10%, por
conta principalmente dos reajustes das mensalidades escolares.
Ainda assim, a principal contribuição no índice ficou com o item
despesas pessoais, que subiu
1,44% com o aumento nos preços
das excursões.
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