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Taxas para o consumidor não devem mudar
DA REPORTAGEM LOCAL
As últimas quatro reduções
na taxa Selic, nos meses de setembro, outubro, novembro e
dezembro do ano passado,
pouco se refletiram na definição dos juros ao consumidor
pelo comércio. A possível queda na Selic em janeiro, pela
quinta vez, não deve mudar esse comportamento. O foco da
ação do varejo hoje está em
vender reduzindo preços em
promoções relâmpago ou ampliando prazos.
O corte nos juros implica
afirmar que o custo do dinheiro para a loja no mercado caiu,
e o comércio, em grande parte
a média e pequena loja, diz que
ainda paga caro para financiar
o consumidor.
A taxa média do varejo se
mantém em 6% ao mês nos últimos dois anos, pelo menos
-e pouco mais de 100% ao
ano. As financeiras, as donas da
área de crédito das lojas, informam que eventuais alterações
devem ser discretas e pontuais.
Uma redução de 0,75 ponto
percentual na Selic (de 18% para 17,25%), acreditam os analistas da área, fará, teoricamente, o juro no varejo cair de
6,15% para 6,09% ao mês (de
104,66% para 103,28% ao ano)
-"teoricamente" porque essa
simulação da Anefac, a associação dos executivos de finanças,
é realizada com base em cálculos matemáticos. Os que as lojas deverão fazer, após a decisão do governo quanto às taxas, só é verificado semanas depois do anúncio do Copom.
Atualmente, as lojas ampliaram os prazos de pagamento e
têm dado desconto à vista em
determinadas promoções para
elevar venda sem reduzir os juros na ponta ao comprador.
As taxas mais elevadas continuam sendo cobradas na modalidade de cartão de crédito.
Quem precisa de dinheiro e utiliza o cartão paga juros mensais
de mais de 10% ao mês, informa a Anefac.
No caso da pessoas jurídica,
com base na possibilidade de
uma redução de 0,75 ponto na
Selic, cai ligeiramente a taxa
média cobrada no mercado para as empresas tomarem recursos. Nesse caso, ela passa de
4,42% ao mês para 4,36% ao
mês (de 68,04% para 66,88% ao
ano).
(ADRIANA MATTOS)
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