São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2005

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Retomada reduz o desemprego na AL

CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A retomada do crescimento econômico na América Latina e no Caribe a partir de 2003 reduziu a taxa de desemprego urbano da região. No primeiro semestre deste ano, o desemprego médio caiu de 10,9% para 9,6% da PEA (População Economicamente Ativa), em comparação com o primeiro semestre do ano passado, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
A queda no desemprego foi motivada pelo aumento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004, quando a economia desses países cresceu, em média, 5,9% -a mais alta taxa dos últimos 25 anos.
O aumento das exportações, provocado pelo aquecimento da economia internacional -em 2005, a economia mundial completa um triênio de expansão-, e a maior demanda doméstica também ajudaram a melhorar a oferta de trabalho, segundo a OIT.
Apesar do crescimento, as taxas de desocupação e de informalidade ainda são muito altas e, assim, a proteção social (saúde e previdência) continua muito baixa. A maior taxa de informalidade é a do Paraguai (62,9% da PEA); a menor é a do Uruguai (37,7%). No Brasil, em 2003, último dado disponível, a taxa era de 44,6%.
São 18,3 milhões de pessoas sem emprego atualmente na América Latina e no Caribe. "Apesar da melhora dos últimos anos, ainda não recuperamos os níveis do início dos anos 80", disse Laís Abramo, diretora da OIT em Brasília.
A taxa média de desemprego nos anos 80 foi de 6%. Em 1990, saltou para 7,9% e, a partir de então, cresceu a cada ano até chegar a 11,7% em 2002.
A queda na taxa de desemprego tem acompanhado a expansão do PIB, que voltou a crescer (2%) em 2003. A taxa de desemprego regional urbano diminuiu de 11,1% em 2003 para 10,2% em 2004.
A OIT divulga o "Panorama Anual de Trabalho" em dezembro, mas os dados foram antecipados para serem fornecidos aos 34 chefes de Estado das Américas do Norte, Central e do Sul que se reunirão em 4 e 5 de novembro em Mar del Plata (Argentina), para a Cúpula das Américas, cujo tema será: "Criação de Emprego como Forma de Combater a Pobreza e Garantir a Democracia".


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