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Retomada reduz o desemprego na AL
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A retomada do crescimento
econômico na América Latina e
no Caribe a partir de 2003 reduziu
a taxa de desemprego urbano da
região. No primeiro semestre deste ano, o desemprego médio caiu
de 10,9% para 9,6% da PEA (População Economicamente Ativa),
em comparação com o primeiro
semestre do ano passado, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
A queda no desemprego foi motivada pelo aumento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004,
quando a economia desses países
cresceu, em média, 5,9% -a mais
alta taxa dos últimos 25 anos.
O aumento das exportações,
provocado pelo aquecimento da
economia internacional -em
2005, a economia mundial completa um triênio de expansão-, e
a maior demanda doméstica também ajudaram a melhorar a oferta
de trabalho, segundo a OIT.
Apesar do crescimento, as taxas
de desocupação e de informalidade ainda são muito altas e, assim,
a proteção social (saúde e previdência) continua muito baixa. A
maior taxa de informalidade é a
do Paraguai (62,9% da PEA); a
menor é a do Uruguai (37,7%).
No Brasil, em 2003, último dado
disponível, a taxa era de 44,6%.
São 18,3 milhões de pessoas sem
emprego atualmente na América
Latina e no Caribe. "Apesar da
melhora dos últimos anos, ainda
não recuperamos os níveis do início dos anos 80", disse Laís Abramo, diretora da OIT em Brasília.
A taxa média de desemprego
nos anos 80 foi de 6%. Em 1990,
saltou para 7,9% e, a partir de então, cresceu a cada ano até chegar
a 11,7% em 2002.
A queda na taxa de desemprego
tem acompanhado a expansão do
PIB, que voltou a crescer (2%) em
2003. A taxa de desemprego regional urbano diminuiu de 11,1%
em 2003 para 10,2% em 2004.
A OIT divulga o "Panorama
Anual de Trabalho" em dezembro, mas os dados foram antecipados para serem fornecidos aos
34 chefes de Estado das Américas
do Norte, Central e do Sul que se
reunirão em 4 e 5 de novembro
em Mar del Plata (Argentina), para a Cúpula das Américas, cujo tema será: "Criação de Emprego como Forma de Combater a Pobreza e Garantir a Democracia".
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