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MEMÓRIA
Presidentes já ocuparam outros cargos nos clubes
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois dos presidentes dos
grandes clubes paulistas, Alberto Dualib (Corinthians) e
Mustafá Contursi (Palmeiras), são mais experientes,
montaram uma espécie de
escudo para se estabelecerem no poder. O outro, Marcelo Portugal Gouvêa, assumiu neste ano, mas mostra a
mesma adoração pelo cargo.
Os presidentes do trio de
ferro do futebol paulista conhecem como poucos os
meandros políticos dos clubes que dirigem. Antes de
chegarem ao topo, ocuparam cargos em vários departamentos e colecionaram vitórias e fracassos.
Mustafá Contursi chegou
ao poder no Palmeiras em
1993. Antes disso, sua participação mais famosa ocorreu em 1978, na gestão de
Brício Pompeu de Toledo,
quando era o homem forte
do futebol no clube.
Na véspera da decisão do
Brasileiro com o Guarani,
Contursi teria arrumado
confusão com os jogadores
por causa de premiação em
caso de conquista do título.
Coincidência ou não, os
palmeirenses perderam o título para a equipe de Campinas. Apesar disso, o episódio
não impediu a ascensão de
Contursi. Em 1993, foi eleito
pela primeira vez presidente.
Comprometeu-se a ficar
apenas dois anos na presidência e apoiar seu então vice, Seraphim Del Grande, na
sua sucessão. Em 1996, graças a uma manobra amparada pelo Conselho do clube,
alterou os estatutos e está até
hoje no poder.
Já Dualib, a exemplo de
Contursi, também comanda
o Corinthians desde 1993.
Ascendeu no clube sob a
tutela do legendário ex-presidente corintiano Vicente
Matheus. Era vice de Matheus nos anos 90. Foi candidato à presidência três anos
depois e venceu Marlene
Matheus, mulher de seu aliado, e hoje sua principal opositora no clube.
É, até hoje, o candidato
mais votado da história do
clube (5.095 votos), na época
em que os sócios tinham direito a voto.
O são-paulino Gouvêa,
que venceu uma disputa
acirrada com Paulo Amaral
no ano passado, para comandar o São Paulo pela primeira vez, também tem planos para continuar no cargo.
Ex-diretor de futebol e
membro do Conselho Fiscal
do clube, Gouvêa quer alçar
vôos mais altos -não esconde de ninguém seu desejo de comandar a Liga Nacional de clubes.
(EAR E RP)
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