São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

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MEMÓRIA

Presidentes já ocuparam outros cargos nos clubes

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dos presidentes dos grandes clubes paulistas, Alberto Dualib (Corinthians) e Mustafá Contursi (Palmeiras), são mais experientes, montaram uma espécie de escudo para se estabelecerem no poder. O outro, Marcelo Portugal Gouvêa, assumiu neste ano, mas mostra a mesma adoração pelo cargo.
Os presidentes do trio de ferro do futebol paulista conhecem como poucos os meandros políticos dos clubes que dirigem. Antes de chegarem ao topo, ocuparam cargos em vários departamentos e colecionaram vitórias e fracassos.
Mustafá Contursi chegou ao poder no Palmeiras em 1993. Antes disso, sua participação mais famosa ocorreu em 1978, na gestão de Brício Pompeu de Toledo, quando era o homem forte do futebol no clube.
Na véspera da decisão do Brasileiro com o Guarani, Contursi teria arrumado confusão com os jogadores por causa de premiação em caso de conquista do título.
Coincidência ou não, os palmeirenses perderam o título para a equipe de Campinas. Apesar disso, o episódio não impediu a ascensão de Contursi. Em 1993, foi eleito pela primeira vez presidente.
Comprometeu-se a ficar apenas dois anos na presidência e apoiar seu então vice, Seraphim Del Grande, na sua sucessão. Em 1996, graças a uma manobra amparada pelo Conselho do clube, alterou os estatutos e está até hoje no poder.
Já Dualib, a exemplo de Contursi, também comanda o Corinthians desde 1993.
Ascendeu no clube sob a tutela do legendário ex-presidente corintiano Vicente Matheus. Era vice de Matheus nos anos 90. Foi candidato à presidência três anos depois e venceu Marlene Matheus, mulher de seu aliado, e hoje sua principal opositora no clube.
É, até hoje, o candidato mais votado da história do clube (5.095 votos), na época em que os sócios tinham direito a voto.
O são-paulino Gouvêa, que venceu uma disputa acirrada com Paulo Amaral no ano passado, para comandar o São Paulo pela primeira vez, também tem planos para continuar no cargo.
Ex-diretor de futebol e membro do Conselho Fiscal do clube, Gouvêa quer alçar vôos mais altos -não esconde de ninguém seu desejo de comandar a Liga Nacional de clubes. (EAR E RP)


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