São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

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BASQUETE

Os quatro times semifinalistas no Nacional feminino são de São Paulo, situação inédita até agora na competição

Mata-matas coroam supremacia paulista

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

As semifinais do Nacional feminino de basquete, disputadas em melhor de cinco jogos, têm início hoje com a participação só de times de São Paulo, fato inédito em suas quatro edições anteriores.
O Unimed/Ourinhos recebe o Unimed/Americana, às 18h. A outra partida das semifinais acontece em Santo André. A equipe da casa recebe o São Paulo/Guaru, às 20h30. A segunda e a terceira rodadas serão na terça e na quarta.
Na primeira edição do Nacional, em 1998, Fluminense e BCN/ Osasco fizeram a final. Em 1999, o campeonato foi decidido entre Santo André e Paraná, que repetiram a final no ano seguinte. Na edição passada, o campeonato foi definido entre Vasco e Paraná.
O fato de todas as equipes desta etapa do Nacional serem paulistas é encarado normalmente por atletas e técnicos. É a situação de times de outros Estados terem se destacado em edições passadas que é classificada como artificial.
"A situação anterior não era verdadeira. Havia o fenômeno dos times itinerantes. O Fluminense, por exemplo, foi campeão jogando com uma equipe de São Paulo", analisa Paulo Roberto Bassul, treinador do Americana, que em 18 partidas perdeu somente uma vez até o momento.
O adversário de Americana, Ourinhos, atual campeão paulista, registrou campanha mais modesta: 12 vitórias e 6 derrotas.
Bassul argumenta que a mentalidade imediatista passou a dar espaços a iniciativas para o desenvolvimento de talentos locais.
"Não adianta levar a equipe inteira de um lugar para o outro, o melhor é investir em escolinhas, no trabalho de base. Isso vem sendo implantado em Uberaba, Santa Catarina e outros locais. De que adianta um time dizer, "sou campeão brasileiro", se [depois do Nacional] não fica nada no Estado?", conclui o técnico, que nas semifinais não poderá contar com a ala Helen, que se recupera de lesão.
A ala Janeth Arcain, que defendeu o Vasco na decisão de 2001 contra o Paraná, reconheceu que aquela não deixou de ser uma "final paulista". "No Paraná, no Vasco, eram todas jogadoras de times paulistas. Agora é que a situação voltou à normalidade", analisa Janeth, que defende o São Paulo, equipe que registra campanha exatamente igual ao do adversário na semifinal, o Santo André: 14 vitórias e 4 derrotas.
No turno, em Guarulhos, o Santo André venceu por 65 a 64. No returno, em Santo André, o São Paulo levou a melhor por 84 a 79.
"Vamos jogar forte na defesa, marcando a Janeth [cestinha do Nacional, com média de 23,3 pontos] e a Érika, que são as que mais pontuam no Guaru", diz a técnica do Santo André, Laís Elena.


NA TV - Santo André x Guaru, ao vivo, às 20h30, no Sportv


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