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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Brasileiro, que já anunciou aposentadoria das quadras após o Pan, promete "porrada" hoje contra Ríos pelo ouro

Meligeni disputa última final da carreira

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Fernando Meligeni terá a despedida que queria: vai encerrar a carreira contra o chileno Marcelo Rios, ex-número um do mundo.
A partida, que começa as 12h, é a final da chave de simples masculina. ""Desde que confirmei que iria parar [de jogar] aqui [em Santo Domingo], todo mundo passou a me dizer: vê se bate o Rios e leva o ouro. Eu dizia calma, antes tenho que chegar à final, garantir um "bronzezinho", depois penso no ouro. Mas a hora chegou, né?"
E chegou após Meligeni, 32, bater o venezuelano José de Armas por 2 sets a 0 (6/4 e 6/2), jogo seguinte à vitória de Rios, 27, sobre o norte-americano Alexander Kim, outro 2 a 0 (7/6 e 7/6).
Para Meligeni, não será uma tarefa fácil. ""O Rios é um grande jogador, foi número um do mundo, é muito legal que seja ele o adversário. Era o jogo que todos queriam ver, não era? Mas espero que minha sorte agora seja diferente. Joguei cinco vezes contra ele e perdi as cinco", afirmou ele.
Esperança, porém, não lhe falta. ""Já cheguei perto de vencê-lo, mas na hora do vamos ver alguma coisa dava errado. Amanhã, sinto que não vai dar. Vou entrar para dar porrada nele", brincou.
Após a vitória nas semifinais, o tenista, que nasceu na Argentina mas é naturalizado brasileiro, festejou muito a chegada à final e o fato de ter assegurado a prata.
""Era um sonho. Eu tinha chegado perto [de uma medalha olímpica] em Atlanta [em 1996, quando acabou em quarto lugar], é sensacional encerrar a carreira com um prêmio como este."
Logo depois de vencer o venezuelano, Fininho, como Meligeni é conhecido -tem 63 kg e 1,80 m de altura-, caiu no samba com os brasileiros. ""A torcida me apoiou muito, gritando "Fininho, guerreiro". É isso mesmo, a garra sempre foi minha marca."
Sobre o jogo em si, Meligeni admitiu um certo nervosismo - "é duro saber que poderia ter sido meu último jogo"-, mas acha que o que prevaleceu foi sua perseverança e o saque. ""Desde o último jogo, não me quebram o serviço. Acho que, mais uma vez, saquei legal e mantive um bom fundo de quadra. Não foi uma maravilha, mas o suficiente para vencer." (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)

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