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Brasileiro, que já anunciou aposentadoria das quadras após o Pan, promete "porrada" hoje contra Ríos pelo ouro
Meligeni disputa última final da carreira
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Fernando Meligeni terá a despedida que queria: vai encerrar a
carreira contra o chileno Marcelo
Rios, ex-número um do mundo.
A partida, que começa as 12h, é
a final da chave de simples masculina. ""Desde que confirmei que
iria parar [de jogar] aqui [em Santo Domingo], todo mundo passou
a me dizer: vê se bate o Rios e leva
o ouro. Eu dizia calma, antes tenho que chegar à final, garantir
um "bronzezinho", depois penso
no ouro. Mas a hora chegou, né?"
E chegou após Meligeni, 32, bater o venezuelano José de Armas
por 2 sets a 0 (6/4 e 6/2), jogo seguinte à vitória de Rios, 27, sobre
o norte-americano Alexander
Kim, outro 2 a 0 (7/6 e 7/6).
Para Meligeni, não será uma tarefa fácil. ""O Rios é um grande jogador, foi número um do mundo,
é muito legal que seja ele o adversário. Era o jogo que todos queriam ver, não era? Mas espero que
minha sorte agora seja diferente.
Joguei cinco vezes contra ele e
perdi as cinco", afirmou ele.
Esperança, porém, não lhe falta.
""Já cheguei perto de vencê-lo,
mas na hora do vamos ver alguma
coisa dava errado. Amanhã, sinto
que não vai dar. Vou entrar para
dar porrada nele", brincou.
Após a vitória nas semifinais, o
tenista, que nasceu na Argentina
mas é naturalizado brasileiro, festejou muito a chegada à final e o
fato de ter assegurado a prata.
""Era um sonho. Eu tinha chegado perto [de uma medalha olímpica] em Atlanta [em 1996, quando acabou em quarto lugar], é
sensacional encerrar a carreira
com um prêmio como este."
Logo depois de vencer o venezuelano, Fininho, como Meligeni
é conhecido -tem 63 kg e 1,80 m
de altura-, caiu no samba com
os brasileiros. ""A torcida me
apoiou muito, gritando "Fininho,
guerreiro". É isso mesmo, a garra
sempre foi minha marca."
Sobre o jogo em si, Meligeni admitiu um certo nervosismo - "é
duro saber que poderia ter sido
meu último jogo"-, mas acha
que o que prevaleceu foi sua perseverança e o saque. ""Desde o último jogo, não me quebram o serviço. Acho que, mais uma vez, saquei legal e mantive um bom fundo de quadra. Não foi uma maravilha, mas o suficiente para vencer." (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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