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Estádio só fica pronto após a competição
DO ENVIADO A BARQUISIMETO
Palco de três jogos da Copa
América, o novo estádio Metropolitano de Barquisimeto
só ficará pronto em três meses, quando o torneio já terá
praticamente desaparecido
da memória dos torcedores.
A previsão é do próprio
chefe de inspeção das obras,
Felix Ducharne.
Mesmo assim, acredita o
arquiteto, dá para driblar os
obstáculos com o jeitinho venezuelano e um esforço concentrado que envolve 2.600
trabalhadores, incluindo
300 militares do Exército.
Para os jogos da Copa -os
dois primeiros serão no dia
5-, já estão previstas limitações. A capacidade total, de
40 mil lugares, perderá quase 4.000 vagas.
Para chegar ao estádio, os
torcedores serão transportados por 120 ônibus a partir
de estacionamentos distantes vários quilômetros.
"O estádio não está atrasado. É o contrário, está adiantado. Era uma obra para ser
construída em 24 meses, e
nós estamos fazendo em 12
meses", disse Ducharne, enquanto levava a reportagem
da Folha a um "tour" pelas
arquibancadas.
Contra todas as evidências, Ducharne disse que o
estádio "está bastante aceitável". "O que falta é colocar
as cadeiras", afirmou.
Desde que começou, a
construção do estádio é
acompanhada como uma
novela pelos habitantes da
cidade -vários acham que o
final não será feliz. "Aqui na
obra muita gente diz que o
estádio não vai ficar pronto,
que não vai ter jogo", conta o
montador eletromecânico
Julio Escalona, 27.
Embora os venezuelanos
costumem torcer para o Brasil, Barquisimeto "virou a casaca". Segundo a loja de comércio popular Globo Mundo, que vende camisas falsificadas, saem em média 25 da
Argentina por dia -e apenas
uma brasileira.0
(FM)
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