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Cruzeiro despreza vantagem e exige raça
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
E EM BELO HORIZONTE
Melhor time da primeira fase da
Copa JH, há sete partidas sem
derrota e podendo perder hoje
para o Malutrom por até 2 a 0, no
Mineirão, jogadores e dirigentes
do Cruzeiro insistem em não entrar no clima de "já ganhou".
"Seriedade", "vontade" e "determinação" foram alguns dos
termos usados pelos mineiros para descrever as qualidades que a
equipe deve ter se quiser eliminar
o Malutrom. O Cruzeiro só perdeu uma vez em casa na JH -para o Atlético-PR, na estréia.
A "humildade" mineira começou antes mesmo da vitória de 3 a
0 que o time obteve em Curitiba
(PR), na última quinta, na primeira partida das oitavas-de-final.
Quando o Malutrom foi definido como o adversário do Cruzeiro
nas oitavas-de-final, torcedores e
a imprensa se esmeraram em
enumerar as diferenças entre o
"grande" Cruzeiro e o "nanico"
Malutrom. Mais de uma vez, o enfrentamento bíblico entre Davi e o
gigante Golias foi usado como
metáfora para a partida.
Embora a vitória de 3 a 0 na última quinta tenha mostrado que o
gigante é mesmo o grande favorito, Scolari afirma que "nada está
definido" e que poder haver surpresas desagradáveis.
Nem Jackson, grande nome da
partida de quinta, tendo feito dois
gols, quis cantar vitória. "Os jogadores têm o mesmo pensamento
do técnico. Não está nada ganho,
demos apenas o primeiro passo."
Diante disso, Scolari afirmou
que não pretende poupar ninguém, a não ser quem estiver machucado. Três jogadores -o goleiro Fabiano, o zagueiro Cléber e
o meia Jackson- reclamaram de
contusões e passariam hoje por
uma revisão médica final.
A diretoria anunciou ainda que
o preço dos ingressos vai ser reduzido para atrair a torcida.
Já no Malutrom, o técnico
Amauri Knevitz admite que são
mínimas as chances de sua equipe
se classificar para a próxima fase,
mas se disse satisfeito com a campanha do time e acredita ter dado
uma lição no futebol brasileiro.
Clube-empresa há dois anos,
com a folha de pagamento em dia
e patrocínio da Renault, o Malutrom é hoje, na opinião de Knevitz, um exemplo de organização.
"O resultado está aí: em menos
de três anos de futebol profissional, já somos um nome conhecido
em nível nacional", afirmou.
Embora sejam remotas as chances de classificação, Knevitz quer
que seus jogadores se empenhem
ao máximo no jogo de hoje para
encerrar "com dignidade" a participação no campeonato.
NA TV - Sportv, às 17h
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