São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2000

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Cruzeiro despreza vantagem e exige raça

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
E EM BELO HORIZONTE


Melhor time da primeira fase da Copa JH, há sete partidas sem derrota e podendo perder hoje para o Malutrom por até 2 a 0, no Mineirão, jogadores e dirigentes do Cruzeiro insistem em não entrar no clima de "já ganhou".
"Seriedade", "vontade" e "determinação" foram alguns dos termos usados pelos mineiros para descrever as qualidades que a equipe deve ter se quiser eliminar o Malutrom. O Cruzeiro só perdeu uma vez em casa na JH -para o Atlético-PR, na estréia.
A "humildade" mineira começou antes mesmo da vitória de 3 a 0 que o time obteve em Curitiba (PR), na última quinta, na primeira partida das oitavas-de-final.
Quando o Malutrom foi definido como o adversário do Cruzeiro nas oitavas-de-final, torcedores e a imprensa se esmeraram em enumerar as diferenças entre o "grande" Cruzeiro e o "nanico" Malutrom. Mais de uma vez, o enfrentamento bíblico entre Davi e o gigante Golias foi usado como metáfora para a partida.
Embora a vitória de 3 a 0 na última quinta tenha mostrado que o gigante é mesmo o grande favorito, Scolari afirma que "nada está definido" e que poder haver surpresas desagradáveis.
Nem Jackson, grande nome da partida de quinta, tendo feito dois gols, quis cantar vitória. "Os jogadores têm o mesmo pensamento do técnico. Não está nada ganho, demos apenas o primeiro passo."
Diante disso, Scolari afirmou que não pretende poupar ninguém, a não ser quem estiver machucado. Três jogadores -o goleiro Fabiano, o zagueiro Cléber e o meia Jackson- reclamaram de contusões e passariam hoje por uma revisão médica final.
A diretoria anunciou ainda que o preço dos ingressos vai ser reduzido para atrair a torcida.
Já no Malutrom, o técnico Amauri Knevitz admite que são mínimas as chances de sua equipe se classificar para a próxima fase, mas se disse satisfeito com a campanha do time e acredita ter dado uma lição no futebol brasileiro.
Clube-empresa há dois anos, com a folha de pagamento em dia e patrocínio da Renault, o Malutrom é hoje, na opinião de Knevitz, um exemplo de organização.
"O resultado está aí: em menos de três anos de futebol profissional, já somos um nome conhecido em nível nacional", afirmou.
Embora sejam remotas as chances de classificação, Knevitz quer que seus jogadores se empenhem ao máximo no jogo de hoje para encerrar "com dignidade" a participação no campeonato.


NA TV - Sportv, às 17h


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