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TÊNIS
Principais jogadores da maior potência mundial do esporte colecionaram fracassos durante a atual temporada
Norte-americanos tentam reverter fiasco da década
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Masters de Lisboa, que a partir de terça-feira decide o tenista
vencedor da Corrida dos Campeões, vai funcionar como um
"canto do cisne" para os EUA.
Em Portugal, os dois melhores
jogadores norte-americanos da
década, Pete Sampras, 29, e Andre
Agassi, 30, têm a última oportunidade de reverter o fiasco da maior
potência do tênis mundial na
temporada deste ano.
Perto da aposentadoria, os dois
tenistas já falam em encerrar a
carreira no ano que vem.
Sampras e Agassi encerram em
Lisboa o ano com os resultados
mais pífios da história norte-americana no tênis profissional masculino, que começou em 1968.
A lista que atesta o fracasso dos
EUA em 2000 tem vários itens.
No mais emblemático deles,
aparece o número de títulos conquistados pelos tenistas.
Em toda a temporada, os jogadores dos EUA ficaram com quatro títulos dos quase 70 torneios
organizados pela ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
No ano passado, que já havia sido um dos mais fracos para os
EUA, os jogadores do país levaram 13 dos campeonatos do circuito profissional masculino.
Para se ter uma idéia da debilidade dos resultados norte-americanos na atual temporada, o Brasil, que tem apenas Gustavo Kuerten na elite, também conquistou
quatro títulos neste ano.
Sem conquistas, os tenistas dos
EUA ficaram em posições sem
tanto destaque nos rankings elaborados pela ATP.
Com Sampras tendo chances
remotas de terminar o ano no primeiro lugar, em uma disputa que
vai ficar apenas entre Kuerten e o
russo Marat Safin, o país deve terminar uma temporada sem o melhor jogador pela primeira vez
desde 1991, quando o sueco Stefan
Edberg foi o número um.
Com Safin em primeiro e Kuerten em segundo na Corrida dos
Campeões, os EUA não terão um
cabeça-de-chave no Masters pela
primeira vez na década.
No pelotão intermediário da
modalidade, a decadência norte-americana também é evidente.
Em 1999, o país terminou a temporada com 11 jogadores entre os
cem melhores do mundo.
Nesta temporada, sem contar os
resultados desta semana, o país
tem apenas oito tenistas situados
na lista dos cem melhores.
Para completar, na próxima
temporada, a situação norte-americana no tênis masculino pode
piorar ainda mais.
Depois de casar com uma atriz,
Sampras já está atuando em ritmo
de aposentadoria.
No torneio português, o norte-americano volta ao circuito depois de quase três meses de férias.
Cada vez jogando menos, Sampras só conquistou dois títulos em
2000, o seu pior desempenho em
um só ano desde 1989.
Mesmo que não se aposente em
2001, o melhor jogador dos anos
90 dificilmente terá pontos para
voltar ao Masters, já que seu calendário será cada vez mais leve.
Para Agassi, o futuro no tênis
parece ainda mais nebuloso.
Com sua mãe e irmã passando
por graves problemas de saúde,
além de seguidas contusões, o tenista teve uma queda abrupta de
rendimento.
Depois de terminar 1999 como
primeiro do mundo e iniciar 2000
conquistando o título do Aberto
da Austrália, o norte-americano
só amealhou fracassos.
Agassi não conquista um título
desde o Grand Slam australiano,
disputado em janeiro.
Assim, deve terminar o ano
com uma queda de sete posições
em relação ao ranking da temporada passada, além de uma queda
de quase US$ 3 milhões em seu faturamento em prêmios.
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