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Manutenção de desconto do IPI deve ajudar a conter a inflação

Estimativa é que medida retire até 0,2 ponto percentual do IPCA

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

Ao manter o desconto do IPI para automóveis -anunciado no final de semana-, o governo dá mais uma ajuda para tentar baixar a inflação.

Os preços de automóveis novos, que subiram 2% nos primeiros dois meses do ano, segundo dados do IBGE, devem interromper a escalada com a medida do governo, preveem revendedores.

O grupo Transportes é o segundo mais importante na composição da inflação, só atrás de alimentos.

No ano passado, os preços de automóveis novos recuaram 5,71%, com a ajuda da redução do IPI. E sozinhos retiraram 0,21 ponto percentual da inflação oficial -que fechou o ano em 5,84%.

Neste ano, economistas esperavam uma recomposição dos preços, com a volta do imposto e aumentos de insumos, como o aço.

Com a prorrogação do IPI mais baixo até dezembro, o governo deve retirar entre 0,1 e 0,2 ponto da inflação (IPCA) do ano, estimam analistas.

Esse corte poderia levar a inflação de 2013, hoje estimada em 5,71% por analistas do mercado, para 5,5%.

Para Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, o alívio, contudo, será neutralizado por outros aumentos.

"O corte do IPI levaria a um corte na nossa projeção de inflação. Mas não reduzimos porque, do outro lado, o efeito esperado de queda de preços de alimentos, com a desoneração da cesta básica, ainda não apareceu", disse.

Para o economista-chefe da corretora CGD, Mauro Schneider, embora a prorrogação do desconto do IPI tenha um "efeito colateral bem-vindo" sobre a inflação, o objetivo do governo parece ser mesmo reforçar a atividade econômica, ainda com sinais fracos.

O IBGE divulga hoje dados relativos à produção industrial de fevereiro e deve mostrar queda expressiva no mês.

Indicadores disponíveis da economia em março não sugerem significativa melhora. O Índice Gerente de Compras (PMI, da sigla em inglês), do HSBC, mostrou uma expansão mais lenta da indústria em março que em fevereiro.

Segundo o presidente da Fenabrave (associação que reúne concessionárias de veículos), Flávio Meneghetti, os estoques do setor aumentaram nos últimos dois meses e estão acima de 40 dias (o normal é de 20 a 25 dias).

Após vendas fortes em janeiro, fevereiro e março foram "mornos" em vendas, disse Meneghetti. "O governo se antecipou para evitar um desequilíbrio que poderia afetar o crescimento."


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