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Iraque anuncia caçada a terroristas no país
EUA oferecem recompensa de US$ 10 milhões por informações que levem a capturas
Em meio a uma crescente onda de violência, o premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, ordenou ontem que seja realizada uma ampla operação de captura de terroristas no norte e no oeste do país.
Enquanto isso, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 10 milhões em troca de informações "que ajudem as autoridades a matar ou capturar" terroristas no Iraque.
No sábado, durante as comemorações pelo fim do ramadã (o mês sagrado dos muçulmanos), uma série de carros-bomba deixou mais de 70 mortos, principalmente xiitas. A Al-Qaeda reivindicou a autoria dos atentados.
Ontem, novos episódios de violência mataram mais sete pessoas.
As explosões foram os últimos ataques de uma onda de violência no Iraque nos últimos meses, que elevou o total mensal de mortes para os maiores níveis em cinco anos, segundo dados da ONU.
Em comunicado, os EUA condenaram os ataques e afirmaram que os responsáveis são "inimigos do islã e um inimigo comum dos EUA, do Iraque e da comunidade internacional".
Os EUA declararam ainda que irão trabalhar em estreita colaboração com o governo iraquiano para tentar enfrentar a rede terrorista Al Qaeda, que é sunita, e discutir esse tema durante a viagem prevista do ministro das Relações Exteriores, Hoshiyar Zebari, na próxima semana, a Washington.
Conforme a TV iraquiana, Maliki já deu ordens aos chefes das forças de segurança nas províncias de Al Anbar (no oeste) e Nínive (no norte) para lançar a caçada.
O chefe de segurança do país, general Mozahar al Ezaui, anunciou a captura de uma célula de cinco supostos membros da Al Qaeda que seriam responsáveis por executar ataques anteontem no sul do Iraque.
O atual pico de violência faz reacenderem os medos de que o Iraque caia em uma guerra sectária entre xiitas e sunitas similar à de 2006/07, que deixou como saldo milhares de mortos.
O conflito na Síria agrava o problema, já que o ditador Bashar al-Assad é alauita (uma facção do islã xiita).
Os rebeldes que lutam há mais de dois anos pela deposição de Assad são da maioria sunita.