São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2001

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EUA são o país que mais ajuda

DA REPORTAGEM LOCAL

Por qualquer ângulo que se pegue, os EUA são individualmente o país que forneceu e ainda fornece o maior auxílio humanitário ao Afeganistão. Em verbas oficiais, foram US$ 174 milhões no ano passado. Neste ano, já foram US$ 184 milhões, e deve-se chegar a US$ 320 milhões.
Quanto às verbas particulares, as entidades filantrópicas que coletam fundos entre os americanos mantêm-se discretas com relação aos bombardeios. Não lançam apelos em público para que as operações sejam interrompidas, a fim de permitir o ingresso de comboios com alimentos armazenados nas fronteiras.
Mas o mesmo não ocorre com entidades que atuam no Reino Unido, país engajado militarmente ao lado dos EUA. Há cerca de dez dias as ONGs lançavam apelos dispersos em favor de uma trégua que permitisse aos caminhões rodarem com segurança até as regiões mais carentes.
Normalmente concorrentes entre si no mercado das contribuições, cinco das mais importantes entidades resolveram unir-se para pedir que os bombardeios sejam interrompidos.
Elas usaram como pretexto um apoio conjunto à comissária da ONU para os Direitos Humanos, Mary Robinson, a primeira a ter sugerido uma trégua e um "corredor humanitário" livre das bombas americanas.
O governo britânico acredita que uma trégua venha a dar fôlego para que o Taleban se reorganize em regiões onde pode estar muito próximo do colapso. (JBN)



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