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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003


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Projeto de profissionais especializados custa a partir de R$ 500; grandes empresas pagam até US$ 1,5 mi

Cifrão também dá contorno à marca

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cores, logotipos, símbolos, signos, códigos. Não há uma fórmula ideal para fazer uma boa marca para uma firma. Segundo os especialistas, ela deve, em primeiro lugar, ser auto-explicativa, clara e passar a mensagem do negócio.
Na opinião do designer gráfico Alexandre Wollner, ao criar uma marca, deve-se levar em consideração os meios em que ela será aplicada -papéis, embalagens, internet, por exemplo. "Uma marca bem-feita é aquela que funciona em todos os lugares", diz.
Dependendo do projeto, os gastos para definir a imagem certa chegam a superar US$ 1 milhão.
A ADG (Associação dos Designers Gráficos do Brasil) recomenda levar em conta o tamanho do cliente, além da importância e da extensão do trabalho, para a definição do valor a ser cobrado. Assim, também conta o âmbito em que a empresa atua -local, regional, nacional ou internacional.
Além disso, o serviço encarece se for mais amplo e incluir um projeto de comunicação planejada -o chamado "branding", que pode ser entendido como uma consultoria para a construção de conteúdo, que avalia o que a empresa pretende dizer, que público gostaria de atingir, como quer ser vista e que valores quer passar.
Os preços variam hoje de R$ 500 a R$ 50 mil. E existem empresas brasileiras que pagam até US$ 1,5 milhão para escritórios estrangeiros. Para a ADG Brasil, os profissionais mais indicados para o trabalho são os designers gráficos, mas também podem ser encontradas agências de publicidade e gráficas que atuam nessa área.
"Não dá para pegar um desenho qualquer num programa de computador e achar que está adequado. Certamente aquela marca não vai passar todo o conteúdo necessário para o desenvolvimento de uma identidade forte e correta", diz Maria Ângela dos Anjos, gerente-executiva da associação.

Questão de idade
Para os especialistas, a marca não envelhece, mas os empresários devem ficar atentos à necessidade de atualizá-la, de acordo com a evolução da empresa.
A loja Alecrim, por exemplo, hoje vende pratas e bijuterias, mas começou há 23 anos, em Campinas (SP), comercializando produtos naturais. As donas, as irmãs Lenice Monteiro Arruda e Cilene Monteiro de Arruda Rolla, contam que a marca nunca mudou. Sempre foi composta da palavra "alecrim" na cor verde. O que elas modificaram foi a frase complementar, sobre as mercadorias vendidas. "Retiramos "produtos naturais", passamos a "perfumes e presentes" e agora estamos mudando de novo para "pratas e bijuterias'", conta Cilene.



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