São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2005

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PAINEL DO LEITOR

Sem ligação
"O deputado Eunício Oliveira, considerou injusto que a Folha, em sua edição de 2/8, tenha relacionado seu nome e sua foto para ilustrar o quadro "Congressistas envolvidos com Marcos Valério". Injusto porque o deputado Eunício Oliveira já havia declarado, em caráter oficial, não ter nenhum envolvimento com o caso Marcos Valério. O deputado Eunício Oliveira reafirma o que a Folha já publicou no dia 28, semana passada, no "Painel do Leitor" e na reportagem com o título "Eunício e ex-funcionária rejeitam suas participações em saques no Rural". O deputado Eunício Oliveira relembra o que disse na referida nota: "A senhora Claudia Luiza jamais fez qualquer serviço bancário a meu pedido ou do meu gabinete no período em que lá trabalhou". Cláudia Luiza de Morais -ouvida pela reportagem da Folha- afirmou que foi à agência do Banco Rural "para movimentar a conta do seu ex-marido, que tinha um consultório dentário". O ex-marido de Cláudia Luiza de Morais, o senhor Yassukazu Aoe, que é dentista em Brasília, mantinha conta do Banco Rural e era ali, na agência do Brasília Shopping, na única agência da instituição em Brasília, que ele fazia suas movimentações. A ex-funcionária deixou bem claro que nunca foi ao Banco Rural para tratar de assuntos relacionados ao gabinete do deputado Eunício Oliveira."
Jorge Rosa, assessor de imprensa (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.

Coluna
"O Opportunity repudia com veemência e indignação o conteúdo fantasioso e faccioso de coluna assinada por Luís Nassif, em 27 de julho, intitulada "O banqueiro e a CPI". Luís Nassif afirma que "é possível que a Brasil Telecom tenha sido a grande contribuinte desse esquema político (o "mensalão') -ao lado da Telemig Celular e da Amazônia Celular, as três controladas pelo Opportunity". O fato é que, se há companhias capazes de justificar amplamente despesas por serviços prestados pelas agências SMP&B e DNA, essas companhias são Telemig Celular, Amazônia Celular e Brasil Telecom. A Telemig Celular se tornou cliente da DNA em 1998, e da SMP&B, em 2001. A Amazônia Celular se tornou cliente de ambas em 2001. No caso da Telemig Celular, 73% do montante total investido foi repassado aos maiores veículos de comunicação do país. No caso da Amazônia Celular, 61% do total. O volume que coube às agências, por contrato, foi pouco superior a 10% do total investido em qualquer circunstância. A Brasil Telecom, por sua vez, contratou serviços esporádicos a SMP&B e DNA entre o segundo semestre de 2003 e o primeiro semestre de 2005. O montante investido na SPM&B não ultrapassou 1,5% do total das despesas de propaganda e marketing no período, assim como não superou 1% no caso da DNA. Como se percebe, valores e percentuais envolvidos não parecem capazes de sustentar um "esquema" nos moldes do que sugere Luís Nassif."
Maria Amalia D. de Melo Coutrim, sócia-diretora do Banco Opportunity (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Luís Nassif - A carta diz que, "como se percebe, valores e percentuais envolvidos não parecem capazes de sustentar um esquema", e não divulga nem um valor sequer, apenas uma lista infindável de percentuais.

Falas do presidente
"Em vez de mostrar serenidade e clareza, Lula está obscuro e nervoso. Deslumbrado e triste, insiste na tese conspiratória das elites, casado com as pesquisas e sempre candidato. E tenta apagar o fogo da crise política com gasolina populista, incitando o povo às ruas (Collor, antes de cair, também o fez com a mesma raiva e aquilo roxo). Inepto como gerente de governo, decepciona como estadista, ao se esconder na barra da saia da esperança, que ele vendeu e não entregou."
Luiz Roberto Carepa (São Paulo, SP)

"Preocupa-me muito tudo o que li nas páginas A4 e A5 do caderno Brasil de ontem. As expressões "vão ter que me engolir", do presidente, e "se for preciso vamos às ruas defender a bandeira da ética", de um líder do MST, lembram-me muito a Venezuela. Não sei por quê. E isso realmente me preocupa."
Irineu Del Dotore (São Paulo, SP)

Abin
"A Folha ("Painel", 3/8, notas "Mensagem para você" e "Pai da criança'), mais uma vez, ofende este ex-diretor e traz informações equivocadas sobre a atuação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), inclusive insinuando eventual ingerência do ex-ministro da Casa Civil no referido órgão. O jornalista que redigiu tal nota está mal-informado e demonstra desconhecer, por completo, que a atividade de inteligência é instrumento de natureza perene do Estado, e não do governo. Fizesse uma pesquisa um pouco mais apurada, descobriria que minha indicação ao cargo se pautou exclusivamente por questão técnica -e não política- e que a administração e as mudanças desenvolvidas na agência, neste último ano, tiveram a aprovação de 89% dos funcionários. Ficaria sabendo ainda que, por determinação legal, as ações de inteligência são sigilosas, mas, se pudessem vir a público, certamente deixariam a sociedade orgulhosa da eficiência da agência e do profissionalismo dos seus funcionários."
Mauro Marcelo de Lima e Silva, delegado de polícia, ex-diretor-geral da Abin (São Paulo, SP)

Nas CPIs
"Não aconteceu. Se aconteceu, não fiz e não sabia. Se fiz ou sabia, não foi bem isso. E, se foi isso, todo mundo fez". Chega! Queremos a verdade, senhores."
Flavio Patricio Doro (Cotia, SP)

Entrevista
"Não há surpresa na designação de dois repórteres para levantar a bola do ex-colunista José Serra (Brasil, 31/7). Eu, como paulistano, torço para que esse pretensioso político seja candidato no ano que vem. Assim fazendo, a cidade passará a ter um prefeito."
Luiz Gornstein (São Paulo, SP)

Crescimento
"Fantástico: Brasil crescerá mais que o Haiti (Dinheiro, 4/8). Ainda bem, se não, como fica a nossa megalomaníaca política exterior, que intervém com nossas tropas no Haiti? E o Haiti é um país de sorte: soldados brasileiros libertam vítimas de seqüestros. E no Brasil..."
Milan Trsic (São Carlos, SP)

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