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Mensalão as prisões

PF investigará contas e amigos do petista

Agentes suspeitam que Pizzolato tem negócios na Espanha e preparam levantamento para um eventual bloqueio de bens

Polícia também mira o grupo de parentes e amigos que ajudou o ex-diretor do Banco do Brasil a fugir do país

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

Livre da pressão para prender o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, a Polícia Federal já se dedica a outras duas frentes de investigação: a engenharia financeira montada por ele dentro e fora do país e a rede de proteção de amigos e familiares.

Uma das suspeitas dos investigadores é que Pizzolato tenha negócios na Espanha. Chamou a atenção da polícia o fato de Barcelona ter sido escolhida como o primeiro destino dele na Europa, depois de ter cruzado a fronteira de Santa Catarina com a Argentina durante sua fuga.

Além disso, quando registrou que seus documentos tinham sido roubados, Pizzolato declarou à polícia italiana ter residência em Málaga, cidade no sul da Espanha. Três anos antes, Pizzolato já havia solicitado residência permanente na mesma cidade, mas em outro endereço.

Durante a tentativa de localizar o paradeiro do ex-diretor do BB, a PF já havia dado início a um levantamento de bens e contas dele no exterior e no Brasil. Uma das suspeitas é que Pizzolato teria uma conta na Suíça, da qual ele teria sacado € 1,6 milhão (cerca de R$ 5,1 milhões), segundo o jornal "O Estado de S. Paulo".

Rodrigo Galloro, diretor-executivo da PF, foi questionado sobre a conta de Pizzolato: "Não temos informação dessa conta na Suíça, realmente não temos".

Os policiais mantêm em sigilo locais, nomes de eventuais imóveis ou contas bancárias, apesar de admitirem que há um levantamento preliminar do patrimônio de Pizzolato para fundamentar um eventual bloqueio de bens.

Em relação aos amigos e parentes, segundo a polícia, alguns ficaram no Brasil com funções específicas para ajudá-lo. Uma pessoa próxima a Pizzolato tem o cartão e a senha do banco para ajudar na movimentação do dinheiro em caso de necessidade.

Enquanto respondia às acusações de que desviou dinheiro público para abastecer o esquema do mensalão, o ex-diretor do BB foi, aos poucos, se desfazendo formalmente de seus bens.

Manteve apenas um apartamento em Copacabana, mas com um contrato de venda de gaveta firmado com o atual morador. Segundo a PF, ele se divorciou da mulher Andrea Haas em abril de 2006 apenas no papel para deixar no nome dela parte dos bens.

Outros parentes ajudaram Pizzolato a fugir. Até agora só foi divulgado o nome de seu sobrinho Fernando Grando, que usou seu apartamento para abrigar o petista.

Segundo a PF em Santa Catarina, foi aberto um inquérito para investigar Pizzolato pelos crimes de uso de documento falso e de falsidade ideológica. A polícia italiana disse que ele responderá pelos mesmos crimes na Itália.


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