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Em meio à onda de calor, número de focos aumenta em 18 Estados

DE SÃO PAULO DE RIBEIRÃO PRETO

Em meio à onda de calor e escassez de chuvas, o número de focos de queimadas no início deste ano aumentou em 18 Estados do país --em sete deles, o total de ocorrências supera até os recordes do período nos últimos 15 anos.

Somente do início de janeiro até anteontem foram registrados 3.131 focos de queimadas no país, ante 2.401 no mesmo período de 2013.

Na prática, porém, o número é mais alto, já que o sistema detecta apenas incêndios de grandes proporções.

O avanço, fora da época mais crítica, atinge principalmente o Sudeste, o Sul e uma pequena parte do Norte.

Em oito Estados, o número de focos de queimadas mais que dobrou em relação ao ano passado.

Pegos de surpresa, alguns municípios se preparam para o combate às chamas.

"Estamos pedindo apoio da Defesa Civil e até de moradores porque não esperávamos isso em janeiro, que geralmente é época de enchentes", diz a primeiro-tenente Priscila Merize, do 11º grupamento de bombeiros de São José dos Campos.

Segundo ela, os bombeiros registraram só em janeiro 140 casos --o número inclui ocorrências de menor porte.

Para o major Manoel Vasco de Figueiredo, do Corpo de Bombeiros do Paraná, a situação é atípica. "Esse aumento está ligado à falta de chuvas. Fez calor no ano passado? Fez, mas não na mesma proporção", diz.

Apesar de considerar o aumento preocupante, Alberto Setzer, do Inpe, ressalta que o número de focos é baixo se comparado ao período de maior risco de queimadas no Brasil: de junho a novembro.

Ele lembra que a maior parte dos casos ocorre por "ação indevida humana", o que pode configurar crime ambiental. "O clima cria condições para a propagação do fogo, mas quem faz o estrago é o homem", diz.

Para Orivaldo Brunini, pesquisador do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), as queimadas prejudicam lavouras porque as altas temperaturas impedem o desenvolvimento de folhas e frutos.

Já o professor Tadeu Fabricio Malheiros, do departamento de saneamento da escola de engenharia da USP São Carlos, disse que o fogo "empobrece" o solo, aumenta a erosão, provoca perda de vegetação e prejudica a permeabilidade da terra.


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