Ribeirão Preto, Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011

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USP vai mapear saúde de 7.000 bebês

Grupo de nascidos no ano passado está sendo convidado para avaliação para prevenção de doenças e pesquisa

Estudo quer descobrir se bebês prematuros desenvolveram alguma doença para, em seguida, serem tratados


JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto começou ontem a avaliar os primeiros bebês de um grupo de 7.000 que nasceram em 2010 e que serão acompanhados até a fase adulta.
As crianças são de Ribeirão. O estudo, coordenado pelo pediatra Marco Antônio Barbieri, pode ser considerado uma das mais abrangentes pesquisas sobre saúde perinatal feita no país.
Até março do ano que vem, serão avaliados os bebês hoje com um ano de idade. Eles são pesados e medidos, e têm uma amostra de sangue coletada.
As crianças também serão colocadas em uma sala com brinquedos e objetos como escadas. Psicólogos avaliarão a capacidade de eles se movimentarem e de compreenderem os objetos.
Segundo Barbieri, uma das novidades dessa pesquisa é a de envolver também a mãe, de descobrir casos de depressão pós-parto e de identificar o ambiente em que a criança é criada.
A mãe também tem uma amostra de sangue colhida e responde a uma série de questionários. As perguntas abordam a saúde da mulher, questões sexuais e a alimentação do bebê, entre outros.
Um dos principais objetivos é estudar crianças prematuras. A hipótese do grupo é que a prematuridade pode gerar consequências, como propensão a alergias ou diabete e eventual dificuldade de aprendizado.
"Queremos identificar rápido se existem problemas e oferecer um tratamento específico para cada caso."
Os dados serão comparados aos resultados de outros dois grandes grupos de pessoas, nascidos em 1978 e em 1994, e avaliados pela USP.
Nesta edição, o estudo é feito em parceria com pesquisadores de São Luís (MA), onde será acompanhado outro grupo de 7.000 crianças.

CENSO
O maior desafio dos pesquisadores é contar com a sorte. Isso porque eles dependem que as mães dos 14.000 bebês procurem o hospital para a avaliação.
Foi o que fez a secretária Tatiana Passos Fernandes, 29, com a filha Rebeca, de um ano e um mês. "A pesquisa pode prevenir doenças para ela e para outras crianças."


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