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Histórias do casal, segundo Roberto Werneck
"Em 1988 denunciamos a grilagem de
terras na Bahia, por maus empresários do
Sul que expulsavam as populações e matavam gente. Uma hora depois da veiculação da matéria, no "Fantástico", recebemos telefonemas anônimos de gente
ameaçando nossos filhos."
"Fomos ao Mato Grosso apurar a reabertura dos garimpos que poluíam o Pantanal, decretada por uma juíza que levou
propina. Em frente ao fórum, um comboio nos cercou. A PM nos escoltou até o
avião e disse pra gente se mandar. O comboio também cercou o avião, na pista."
"Uma vez um macaco partiu pra cima da Paula. Macaco fica alucinado com cabelos claros. Depois foi comigo: uma macaca que filmei durante dias finalmente não me deixou filmar mais nada: se deitava na frente da câmera, grunhia e fazia poses sensuais. A Paula até hoje tem ciúmes."
"Chegamos à reserva ianomâmi em plena
guerra, mas felizmente nos entendemos
com eles. O cacique mexia no cabelo da
Paula e a convidava pra rede dele. Depois
as índias fizeram cafuné em mim, e a Paula me apontava, dizendo "marido!". Elas
respondiam "Tadihe!" ('bonito')."
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