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Distrito Federal lidera os rankings de ciências e de
matemática, seguido por Santa Catarina, que lidera
a tabela de leitura. No outro extremo ficou o Maranhão,
com os piores resultados nas três áreas. Além
do Distrito Federal, apenas oito Estados ficaram acima da
média nas três disciplinas: Espírito Santo,
Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.
DF ultrapassa Brasil em até 61 pontos
Leia a matéria
na íntegra:
Abaixo
da média, São Paulo perde de Rondônia
e Sergipe
Os resultados do Pisa, sigla em inglês do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos, divulgados
ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação
e o Desenvolvimento Econômico), revelam que o Estado
de São Paulo não conseguiu ultrapassar a média
nacional em nenhuma das três áreas avaliadas
-ciências, leitura e matemática.
Na área de ciências, a média paulista
(385 pontos) é comparável à da Tunísia
(África). No caso da leitura (392 pontos), eqüivale-se
a Montenegro (Balcãs). Já em relação
a matemática, com 370 pontos, os paulistas estão
no mesmo nível dos vizinhos colombianos.
Para o ministro Fernando Haddad (Educação),
o resultado de São Paulo requer "atenção"
do governo federal. "Com exceção do Distrito
Federal, São Paulo é a maior renda per capita
do país. Era de se supor que pudesse trazer as médias
nacionais para cima. É um resultado que surpreende,
exige alguma atenção e algum diagnóstico
do que se passa."
O petista Haddad falou com cautela sobre o Estado governado
pelo tucano José Serra, que sucedeu os também
tucanos Mário Covas (morto em 2001) e Geraldo Alckmin.
"No geral, os Estados mais ricos se saem melhor do que
os mais pobres. Essa é a regra geral. Há exceções
à regra", completou o ministro.
Para a secretária de Educação de São
Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, o tamanho
do Estado explica o quadro. "Ao mesmo tempo em que temos
uma economia forte, temos todos os problemas existentes no
Brasil. O fato de termos avançado enormemente na oferta
de escolas nos dá agora condições para
melhorar a qualidade de ensino", disse.
Na três áreas, São Paulo registrou média
abaixo do Sudeste. Em ciências, a média da região
ficou em 396 pontos, contra 385 do Estado. Em leitura, o Sudeste
teve 404 pontos, ante 392 de São Paulo. Em matemática,
a diferença ficou em 378 contra 370.
O Distrito Federal lidera os rankings de ciências e
de matemática, seguido por Santa Catarina, que lidera
a tabela de leitura. No outro extremo ficou o Maranhão,
com os piores resultados nas três áreas. Além
do Distrito Federal, apenas oito Estados ficaram acima da
média nas três disciplinas: Espírito Santo,
Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.
Entre esses Estados, o ministro Haddad destacou Rondônia
e Sergipe, que, apesar das baixas médias de suas regiões
(Norte e Nordeste), conseguiram manter seus alunos acima da
média nacional nas três áreas avaliadas.
Crítica
O presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de
Ensino no Estado de São Paulo), José Augusto
de Mattos Lourenço, questionou a validade do exame.
"Nenhuma escola associada ao sindicato respondeu à
pesquisa. Então quem é que respondeu?"
Ele diz que tentou obter a resposta em e-mail endereçado
ao Inep há duas semanas, mas teve retorno.
"Acho a comparação com outros países
válida e importante, mas eu só poderia falar
sobre os resultados se soubesse quais escolas foram consultadas.
Daí, poderia até dizer se foram usados bons
exemplos ou não."
O Inep informou que escolas privadas de São Paulo fizeram
parte do Pisa. Por meio de sua assessoria, o instituto disse
que é usado um critério "científico"
para definir a amostra das escolas e que, por conta disso,
não divulga a lista com os nomes das instituições
participantes.
Eduardo Scolese
Cinthia Rodrigues (colaboaração)
Folha de S.Paulo
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