Marina
Rosenfeld
Luciana Lino (colaboração)
Está em análise na Câmera dos Deputados
o Projeto de Lei 2.697/07 que insitui cotas para trabalhadores
afrodescendentes em empresas privadas.
De autoria do deputado Evandro Milhomen (PcdoB - AP), a intenção
é que 20% do quadro de funcionários seja reservado
para pessoas que se autodeclaram negras e pardas, segundo
os critérios raciais estabelecidos pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
O objetivo é ampliar o acesso dos negros ao mercado
de trabalho. O texto prevê ainda que a demissão
de empregados afrodescendentes somente será permitida
se houver contratação de substituto em condições
semelhantes.
Caso a lei seja aprovada, as organizações que
não cumprirem as cotas deverão pagar multa administrativa
equivalente a 10 vezes o valor do maior salário pago
pelo empregador por vaga não preenchida, elevada em
50%, em caso de reincidência. As empresas que não
adotarem as cotas também poderão ser proibidas
de obter empréstimo ou financiamento em bancos públicos.
A proposta passará por análise das comissões
de Trabalho, de Administração e Serviço
Público, de Seguridade Social e Família, de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Posteriormente, deverá ser votada pelo Plenário.
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