Os
jovens que usam em excesso seus telefones celulares têm
mais dificuldade para dormir e sofrem de estresse e fadiga,
segundo um estudo divulgado pela Academia Americana da Medicina
do Sono em Westchester (EUA).
O relatório observou 21 jovens entre 14 e 20 anos,
com boa saúde e sem problemas de sono, que foram divididos
em dois grupos, um de controle (três homens e sete mulheres)
e um experimental (três homens e oito mulheres).
O grupo de controle realizou menos de cinco chamadas diárias
e/ou enviou cinco mensagens de texto ao dia. O grupo experimental
realizou mais de 15 chamadas e/ou enviou 15 mensagens de texto.
Em seguida, os participantes tiveram que responder a um questionário
sobre seus hábitos de sono e seu estilo de vida.
Os jovens que usavam o telefone de forma excessiva mostraram
um estilo de vida descuidado, maior consumo de bebidas estimulantes,
dificuldades para dormir, além de maior suscetibilidade
ao estresse e à fadiga.
"O uso do telefone celular está se tornando cada
vez mais comum. Os jovens se sentem pressionados a estar interligados
durante todo o tempo", afirmou Gaby Badre, médico
da Academia de Sahlgren em Gothenburg, na Suécia, e
autor da pesquisa.
"Parece existir uma relação entre o uso
intenso dos celulares e uma conduta que compromete a saúde,
como o cigarro, os estimulantes e o álcool", acrescenta.
Segundo o médico, o sono noturno é importante
para os jovens e deveria ser de aproximadamente nove horas.
"É necessário conscientizar os jovens
sobre os efeitos do uso excessivo dos celulares em seus padrões
de sono, sobre os riscos para a sua saúde assim como
sobre os problemas cognitivos e de atenção",
afirma.
da Efe, em Washington
Folha Online
Consumo de
tabaco pode estar relacionado à perda
de memória
O consumo de tabaco pode estar
vinculado a um maior risco de perda da memória em pessoas
de idade avançada, segundo relatório divulgado
hoje pela revista "Archives of Internal Medicine".
De acordo com uma análise incluída no relatório,
a dependência do tabaco pode ser um fator de risco de
demência. Mas o próprio documento adverte que
um estudo mais detalhado sobre o vínculo e a faculdade
do pensamento, a aprendizagem e a memória é
difícil em adultos de idade avançada porque
muitos participantes não concluem a pesquisa ou morrem
em resultado de doenças relacionadas ao tabaco.
A conclusão sobre o perigo do fumo na função
cognitiva é de um estudo realizado por um grupo de
cientistas liderado por Séverine Sabia, do Instituto
Nacional da Saúde e Pesquisa Médica, em Villejuif,
França.
Os pesquisadores analisaram dados médicos de 10.308
funcionários públicos ingleses com idades entre
35 e 55 anos, cujos hábitos de consumo de tabaco foram
registrados de 1985 a 1988 e depois entre 1997 e 1999.
Um total de 5.388 participantes fez testes de memória,
raciocínio, vocabulário e fluência oral
entre 1997 e 1999. Desse grupo, 4.659 foram submetidos aos
mesmos exames cinco anos depois.
Na primeira série de testes, os fumantes figuravam
no grupo de menor rendimento cognitivo em comparação
com aqueles que nunca haviam consumido tabaco.
Por outro lado, quem tinha abandonado o cigarro no começo
do estudo viu sua capacidade oral e de vocabulário
serem reduzidas em 30% frente aos não-fumantes. Mas
pessoas que deixaram de fumar durante a pesquisa melhoraram
hábitos que poderiam prejudicar a saúde: consumiam
menos álcool, mais frutas e verduras e praticavam mais
atividades físicas. Além disso, quem parou de
fumar melhorou a memória e aumentou o vocabulário,
assim como a fluência oral.
Segundo os cientistas, o estudo é importante porque
as pessoas que têm problemas cognitivos na idade adulta
podem avançar mais rapidamente para um quadro de demência.
da Efe, em Washington
Folha Online
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