Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Inédito no Brasil, a Fundação Armando
Álvares Penteado (Faap) lança em agosto o primeiro
curso de pós-graduação em Artes Digitais.
Totalmente inovador no que diz respeito ao ensino de artes,
o curso ensina as pessoas a transformarem a tecnologia numa
experiência sensível.
Celulares, Internet, câmeras digitais e DVD são
apenas alguns exemplos de mídias que podem ir além
das suas utilidades comuns. “Trata-se de uma discussão
estética e não apenas tecnológica, em
que o artista não se restringe aos moldes tradicionais,
mas utiliza novos meios para a produção de seus
trabalhos”, afirma o coordenador do curso de Artes Plásticas,
Marcos Moraes.
De acordo com o professor, misturar arte e tecnologia não
é simplesmente adaptar a cor de uma câmera digital,
por exemplo, mas entender que ela funciona de uma maneira
diferente da de um pincel.
Para Moraes, a arte digital nada mais é do que reflexo
da vida contemporânea, que tem como característica
a telepresença, a interatividade e o próprio
“hactivismo”, derivado dos famosos “hackers”
(invasores de computadores e sistemas).
“Esse novo tipo de arte é ainda muito mais provocativa
e menos restritiva em termos de mercado do que a arte tradicional”,
comenta o coordenador. O mercado de trabalho para o artista
digital se amplia cada vez mais. As discotecas e festas de
música eletrônica, por exemplo, abrem espaço
para a figura do Vj, que mistura imagens aos sons tocados
na pista de dança.
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