A rede
estadual terá 500 escolas funcionando em período integral
na volta às aulas, em fevereiro – 119 na Grande São Paulo
e o resto no interior. O número representa quase 10% do total.
O programa do governo, que inicialmente atingiria só 170 delas,
foi ampliado por causa da grande quantidade de pedidos. Os
alunos de 1ª a 8ª séries ficarão na escola entre 7 e 16 horas.
Pela manhã, ocorrerão as atividades curriculares tradicionais
e, à tarde, aulas de teatro e esportes, entre outras.
“Precisamos melhorar a qualidade do
ensino”, disse ao Estado o governador Geraldo Alckmin, que
hoje anuncia a ampliação do programa. Além do aumento do período
em que os alunos permanecerão na escola, ele cita programas
de capacitação de professores e de maior participação da comunidade
para melhorar a qualidade da educação.
Alckmin quer transformar todas as
cerca de 6 mil escolas da rede em período integral. Hoje,
os alunos ficam cinco horas na escola. Os que cursarão o período
integral – cerca de 138 mil dos 6 milhões – terão 9 horas/aula,
mais uma de almoço. Haverá três refeições. Os pais que não
concordarem terão de mudar o filho de escola.
“Não sei onde deixar meus filhos quando
vou trabalhar. E não sei onde eles estão quando não estão
na escola”, diz Miriam Takara Chambo, que tem seis filhos
e apenas um estuda na Escola Estadual Iolando Malozzi, na
zona norte da capital, que terá período integral. A ampliação
era reivindicação antiga da Associação de Pais e Mestres.
“Demos preferência às escolas com
bom espaço físico e profissionais habilitados”, disse Alckmin.
Mesmo assim, haverá contratações. O investimento será de R$
65 milhões.
RENATA CAFARDO
do Estado de S.Paulo
Prefeitura
quer que alunos da rede pública passem masi tempo na
escola em 2006
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