Marina Rosenfeld
especial para o GD
Cada vez que um profissional faz aniversário, demora
dois dias a mais para encontrar um emprego. Um homem fica
desempregado, em média, dez dias menos que uma mulher.
Pessoas que trabalham em São Paulo encontram emprego
seis dias antes que profissionais de outras cidades. Esses
são apenas alguns dados da pesquisa “A contratação,
a demissão e a carreira dos executivos brasileiros
– 2005”, realizada pelo Grupo Catho, que mostra
os principais fatores que influenciam o tempo de desemprego
de um profissional. Mais de 31 mil pessoas participaram do
estudo.
Além da idade, do sexo e da região, influenciam
no tempo de desemprego fatores como contratação
via Internet, contratação via networking, utilização
de serviços de outplacement, níveis hierárquicos
e forma de contratação.
De acordo com a pesquisa, a contratação via
Internet reduz o tempo de desemprego em 26,1 dias pelo fato
do acesso às vagas ser mais fácil e mais rápido
que meios mais tradicionais. Já a contratação
via networking, tende a aumentar o tempo de desemprego em
6,8 dias. “O networking é difícil e tende
a consumir mais tempo para identificar novas oportunidades
no mercado”, diz o estudo. A utilização
de serviços de recolocação (outplacement)
no processo de procura de emprego, por sua vez, costuma reduzir
o tempo em 55,2 dias.
Outro dado interessante é que profissionais de níveis
hierárquicos inferiores tendem a esperar mais tempo
por uma oportunidade. Cada degrau a menos na hierarquia equivale
a 12,9 dias a mais de espera.
Quem procura por um emprego com carteira registrada também
tem mais dificuldade de encontrar uma oportunidade do que
quem é contratado em regime de prestação
de serviços. “O regime de prestação
de serviços custa para o empregador 40% menos que o
CLT e conseqüentemente facilita a conquista do emprego”,
afirma a pesquisa.
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