Direção
e bebida alcoólica não combinam, na opinião
de todos os especialistas em trânsito. Mas a maioria
da população não concorda. Um estudo
realizado com 1.500 pessoas maiores de 18 anos, em todo o
País, indica que 90% dos brasileiros não se
preocupam com o risco de dirigir após beber. Apenas
10% consideram essa uma preocupação da sociedade.
“É um resultado muito sério, porque mostra
a percepção das pessoas sobre o que elas estão
vendo na sociedade, ou seja, motoristas dirigindo bêbados”,
diz a pesquisadora Suzana Roos, do Instituto Synovate. O levantamento
foi feito a pedido do Movimento Piloto da Vez, liderado pela
empresa Johnnie Walker.
Os números assustaram até mesmo o piloto de
Fórmula-1 Lewis Hamilton. Tanto é que amanhã,ele
vai levar para casa um motorista que estará em um bar
do Brooklin, na zona sul de São Paulo. Ir para casa
com o piloto dirigindo é uma das estratégias
de divulgação do movimento - criado há
três anos - que prega justamente isso: depois de beber,
os motoristas devem deixar que amigos que não ingeriram
álcool dirijam seus veículos ou devem usar táxis.
Diretora do Centro de Referência em Álcool,
Tabaco e Outras Drogas (Cratod) do governo do Estado, Luizemir
Lago afirma que o sistema de carona pode ser considerado redução
de danos e também colabora para minimizar a mistura
explosiva entre álcool e volante. De acordo com a médica
, bebida e volante são incompatíveis porque
a bebida é um depressor do sistema nervoso central.
Com isso, há perda da coordenação motora
e lentidão de raciocínio, imprescindíveis
no ato de dirigir, que depende de ação e reação.
“Além disso, beber causa sonolência e a
pessoa pode literalmente apagar.”
Marici Capitelli
O Estado de S.Paulo.
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