O índice
de reprovação ao Congresso Nacional atingiu
seu patamar mais alto dos últimos 12 anos. Pesquisa
Datafolha mostra que 46% dos entrevistados classificam como
ruim ou péssima a atuação de senadores
e deputados; 36% apontam como regular e 11% como ótima
ou boa.
A taxa negativa subiu quatro pontos percentuais na comparação
com a pesquisa de junho --de 42% para 46%-- e a positiva caiu
quatro pontos (passando de 15% para 11%).
A maior taxa de reprovação ao Congresso Nacional
foi registrada em novembro de 1993, quando estourou o chamado
escândalo do Orçamento, com parlamentares envolvido
no desvio de verbas públicas: naquela ocasião,
56% dos brasileiros consideravam o desempenho dos congressistas
ruim ou péssimo.
Depois disso, a taxa de reprovação só
havia atingido o patamar dos 40% em junho de 1999 e em junho
de 2001.
A crise do "mensalão" começou com
as declarações do presidente licenciado do PTB,
deputado Roberto Jefferson, que acusou o pagamento de "mesada"
a congressistas aliados do governo.
O esquema beneficiaria parlamentares do PP e do PL, segundo
o petebista. Ele citou nominalmente os deputados Valdemar
Costa Neto (PL-SP), Bispo Rodrigues (PL-RJ), Sandro Mabel
(PL-GO), Pedro Corrêa (PP-PE), José Janene (PP-PR)
e Pedro Henry (PP-MT). Todos negaram a existência do
"mensalão".
Dos entrevistados pelo Datafolha, 84% disseram ter tomado
conhecimento das acusações de Jefferson, um
crescimento de nove pontos percentuais em relação
ao mês passado. Em 35 dias, saltou de 56% para 67% o
percentual dos que acreditam que o PT pagava "mesada"
a parlamentares da base aliada.
Ao final do primeiro ano da atual legislatura, em 2003, apenas
22% da população classificava como ruim ou péssimo
o trabalho dos congressistas --24% apontavam-no como ótimo
ou bom e 46% como regular.
As informações são da Folha de S.Paulo.
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