HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS

Envie sua opinião


GD- Jornalismo Comunitário

mais são paulo

Guia de banheiros ajuda paulistano a driblar aperto


Jornalismo Comunitário - Site GD

carta cbn

"Quero levantar a minha indignação quando você fala que tem empregos bons no Brasil. É mentira!"
Ivair Cypriano

"A educação avança a que custo."
Von Norden



 

 

capital humano
26/07/2005
Denúncias não afetam preferência pelo PT

 

A preferência dos eleitores pelo PT não foi alterada pelo escândalo do "mensalão". É o que mostra pesquisa nacional do Datafolha realizada na última quinta-feira.

Mesmo após a queda de quatro homens fortes da cúpula do partido, entre eles, um ex-tesoureiro que, na TV, confessou ter operado um esquema de caixa dois de pelo menos R$ 39 milhões, 19% dos entrevistados responderam, espontaneamente, que o PT é o partido preferido -o maior percentual entre as siglas.

Em comparação com a pesquisa feita em 16 de junho pelo instituto, a taxa oscilou para baixo (de 21% para 19%, dentro da margem de erro de de dois pontos percentuais, para mais ou para menos).

Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Francisco Paulino, o resultado surpreende, mas se refere mais à fidelidade dos simpatizantes ao partido do que à descrença do envolvimento dele em irregularidades. "É surpreendente por conta do tamanho da crise. Há outros números que mostram um desgaste de imagem do PT, mas esses 19% de preferência mostram uma fidelidade que não se alterou", diz ele. A pesquisa mostra que 67% dos entrevistados acreditam que o PT pagava mesada em dinheiro aos parlamentares da base aliada.

Entre as razões para a estabilidade da preferência, Paulino aponta o "recall" do PT, o partido com maior exposição e histórico de participação nas principais eleições de 1989 para cá. Depois do PT, o PMDB é o partido preferido, com 10%. PFL e PSDB aparecem com 5% cada um.

Legislativo abalado
Os números do instituto mostram, porém, que a decepção com o Poder Legislativo é grande. Questionados, 67% dos entrevistados disseram ter mais vergonha que orgulho dos deputados federais, a maior taxa entre os itens apresentados. Só 19% disseram ter mais orgulho dos integrantes da Câmara, também no centro do escândalo do "mensalão".

A vergonha também venceu o orgulho na percepção sobre senadores e vereadores.

Já o orgulho do brasileiro -mote e subtexto de campanhas publicitárias oficiais e privadas- está em alta: 76% dizem se orgulhar da população. Os entrevistados também sentem mais orgulho do que vergonha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (54%) e dos governadores (54%). Sobre os prefeitos, 49% dizem se orgulhar, contra 39% que têm mais vergonha deles. Além do escândalo, Mauro Paulino vê outra razão para os danos à imagem do Legislativo: "Os políticos, em geral, têm uma imagem negativa, mas no caso do Executivo as realizações positivas são mais percebidas população".

Em geral, as populações do Nordeste e do Centro-Oeste foram mais condescendentes com os ocupantes de cargos públicos do que as do Sudeste e Sul.

Apoio à reeleição
A pesquisa Datafolha também mostra o apoio da população à reeleição, para todos os cargos do Executivo, embora a modalidade seja permitida há pouco tempo: 65% dos entrevistados apóiam a reeleição para presidente, 64% apóiam a medida para governadores e 63% para prefeitos.

O direito do presidente se candidatar à reeleição chegou a ser discutido, com a escalada da crise. Setores da oposição ensaiaram enviar ao Congresso um projeto para mudar a Constituição e voltar a proibir mandatos em seqüência para presidente.

Para 58% da população, o mais importante em um candidato a presidente é sua proposta de governo, contra 30% que escolhem pela "pessoa do candidato". Foram ouvidas 2.110 pessoas, maiores de 16 anos, em 134 municípios de todos os Estados.

FLÁVIA MARREIRO
da Folha de S.Paulo

  

NOTÍCIAS ANteriores
25/07/2005 Popularidade de presidente cai entre pessoas com maior nível escolar
22/07/2005 14 mil cargos públicos serão extintos
22/07/2005 Empresas contratam mais executivos desempregados
22/07/2005 Promon recebe filhos de funcionários nas férias
22/07/2005 Jovens valorizam ética e integração na escolha por emprego
22/07/2005 Sessões de cinema e leitura acontecem no horário de trabalho
22/07/2005 Pedagogos saem das escolas e vão para as empresas
21/07/2005 Salário de altos executivos espanta a sociedade americana